terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Balanço Literário de 2019 numa só frase por livro!

O miniaturista de Jessie Burton - uma boa ideia que descarrilou.
 
 
O último rei da Escócia de Giles Foden - criou a vontade de ler mais sobre assuntos como ditadura, genocídio...
 
A feira das vaidades de William Thackery - um excelente clássico
 
Alma Rebelde de Carla M. Soares - a prova que estão sempre a emergir bons autores de língua portuguesa
 
Só se ama uma vez de Johanna Lindsey - romancezinho cor de rosa muito fraquinho.
 
A solidão dos números primos de Paolo Giordano - um daqueles livros que se lê e fica no nosso pensamento para sempre.

 
Mais Forte que o desejo de Cheryl Holt - Esta autora nunca desilude
 
Cheri de Colette - gostei de conhecer Colette mas não fiquei fã.
 
A casa das sete mulheres de leticia Wierzchwski - um livro para mulheres escrito por uma mulher
 
O segredo de Ana Plácido de Teresa Bernardino - uma fabulosa viagem ao mundo dos amores de Ana Plácido e Camilo Castelo Branco
 
The help by kathryn stockett - uma oportunidade para reflectir sobre a segregação racial nos Estados Unidos da América
 
O último cabalista de lisboa de Richard Zimler - A vontade de ler mais sobre judeus e do escritor em causa
 
Mildred Pierce de James M. Cain - a prova que o amor sem limites pode nos prejudicar
 
A trança de Inês de Rosa Lobato Faria - reler livros que adoramos é sempre bom

 
O boss de Vi keland - um pouco de romance e erotismo bem misturados para horas de prazerosa leitura
 
A filha da minha melhor amiga de Dorothy Koomson - fecho o ano a conhecer a ler pela primeira vez esta autora e com vontade de ler mais.

sábado, 21 de dezembro de 2019

A Filha da Minha Melhor Amiga de Dorothy Koomson

Este livro marca a minha estreia com Dorothy Koomson. Li diversas reviews aos seus livros e todas eram muito elogiosas. Da minha parte posso dizer que gostei.
O principal tema deste livro é a amizade mostra como a mesma pode ser abalada, mas que o sentimento fica sempre lá. Dúvidas, receios, anseios, autoestima, amores mal resolvidos são outros assuntos abordados. Não é muito fácil escrever sobre sentimentos sem ser lamechas. Mas Dorothy Koomson consegue.

domingo, 1 de dezembro de 2019

O que ando a ler

A Filha da Minha Melhor Amiga de Dorothy Koomson - o primeiro livro que leio desta autora. Estou a gostar muito.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

O Boss de Vi Keeland

Já se sabe quando se lê a sinopse destes livros o que esperar. Para quem gosta de uma história mais leve tem aqui uma boa opção. Não faço destes livros must-reads mas que gosto de os ler volta e meia. Nunca tinha lido nada desta autora mas gostei o suficiente para voltar a ela... É só encontrar um dos seus livros em promoção.
 

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

A Trança de Inês de Rosa Lobato Faria

Quando no ano passado sai do cinema depois de ver a adaptação deste livro decidi que devia relê-lo. Sempre fui uma apaixonada pelo mito de Inês de Castro. Tenho diversos livros sobre o tema. Já li alguns. De todos o que mais me fascinou foi este. Rosa Lobato de Faria reinventa a história de amor mais famosa de Portugal. Contada a três tempos: presente, passado e futuro, vemos como certas coisas nunca mudam. O amor existirá sempre, assim como a maldade, dando à vida uma intemporalidade onde se mudam apenas os cenários...
 
 

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Mildred Pierce de James M. Cain

Uma das grandes vantagens das adaptações de livros ao cinema e televisão é darem a conhecer o livro. A adaptação pode não prestar mas estará sempre a contribuir para a divulgação do livro. No caso concreto de Portugal, muitas vezes ajuda a publicar livros que de outra maneira não chegariam cá. É o caso deste.
 
Durante a crise económica que se seguiu ao crash da bolsa em 1929, Mildred Pierce consegue montar um restaurante. Mildred usa o seu talento culinário para criar um negocio que rapidamente conhece sucesso e o lucro financeiro. Mildred Pierce podia ser um daqueles livros sobre uma figura feminina inspiradora, mas não é. No centro de tudo está Veda, a filha egoísta, mimada e falsa de Mildred, por quem ela tem um amor desmedido, diria até doentio. Na sua ansia de ser amada pela filha Mildred faz tudo e muitas vezes não faz o correto.
O livro é, por isso, deveras fascinante e um verdadeiro prazer de ler.

 

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

O que ando a ler

Mildred Pierce de James M. Cain - mais um excelente livro que devo terminar neste fim de semana prolongado.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O Último Cabalista de Lisboa de Richard Zimler

O Último Cabalista de Lisboa é o primeiro livro que leio deste autor. É também o primeiro que ele escreveu. Em diversas entrevistas Richard Zimler despertou o meu interesse para a leitura dos seus livros.
Antes de começar a ler sabia, vagamente, que o livro era sobre um acontecimento histórico, concretamente sobre a morte de judeus em Lisboa durante a Páscoa de 1506. Antes de começar a ler achava que tinha sido algo ordenado pelo Rei, mas ao ler percebi que não. O que aconteceu foi que as pessoas, descontentes, alimentadas por ódios, acabaram por matar os judeus que conseguiram apanhar.
No livro sente-se bem o ambiente de desconfiança e intolerância que se vivia em Portugal naquela altura. Os judeus, viram-se obrigados a converter-se, ao contrário do que acontecera em Espanha onde foram expulsos.
São livros como este que nos mostram o quanto o ódio pode ser alimentado e como ele nunca parece se extinguir, tomando apenas caras diferentes, como é bem presente em narrativas sobre a Segunda Guerra Mundial.
 
Sobre o livro em si, apenas me oferece dizer algumas linhas, para além do habitual gostei muito. Zimler construiu uma narrativa poderosa que coloca o leitor lá. Muitas vezes imaginei, através das suas palavras, a Lisboa daquela altura. Não se pode dizer que este livro é um thriller mas o seu desenrolar mantém-nos na expectativa. E poucos livros conseguem fazer isso. Muitas vezes há um assassinato, como neste, mas o desenrolar é tão lento, confuso que a meio já não interessa se quem matou foi X ou Y...
Resta-me apenas acrescentar que durante os dias de leitura vivi na história e na inquietante incerteza de quem teria matado o mestre cabalista Abrão Zarco.
 
Como disse no inicio este foi o primeiro livro escrito por Zimler e é um excelente primeiro livro. Sei que já foi editado há muito. A vantagem, para quem como eu chega agora aos seus livros, é termos um lote bastante grande de livros a ler...


 

terça-feira, 1 de outubro de 2019

O que ando a ler

O Último Cabalista de Lisboa de Richard Zimler- estou a meio deste livro e a adorar cada minuto de leitura.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

The Help by Kathryn Stockett

Quando vi a versão cinematográfica deste livro não fiquei com especial vontade de ler o livro. Gostei do que vi, mas não me pareceu que ler o livro trouxesse mais para mim. Acontece-me muitas vezes ver o filme ou serie e querer mergulhar naquele universo de forma mais profunda, outras vezes não me apetece...
Mas o destino, se assim acreditarem, quis que eu lesse este livro e talvez me tenha feito questionar até que ponto ler ou não um livro com base em ter visto o filme é válido ou não.
 
Este livro veio-me parar às mãos através de uma colega. Esta colega é voluntária num banco de livros escolares, onde alguma alma caridosa, entregou  diversos livros em inglês. Esta minha colega não lê em inglês e deu-me os livros.
 
Ler este livro é mergulhar num mundo à parte, e quando digo à parte digo-o da mesma forma que tivesse mergulhado num livro de fantasia. Uso a fantasia como podia ter usado a ficção cientifica. Acho que quando não se é americano, sulista ou algo assim este mundo é mesmo à parte. Acontece que depois da Guerra Civil em 1865, os Estados Unidos segregaram a sociedade, pondo os brancos para um lado e os negros para o outro. Esta separação existia um pouco por todo o país mas era mais evidente e marcante no Sul, onde durante muito tempo os negros tinham sido escravos. Com a abolição da escravatura pouco mudou, apenas recebiam um salário, mas o resto era igual ou quase.
 
A separação começou após a guerra e só terminou muito tempo depois. Durante muito tempo o estado de coisas não era questionado, mas em décadas depois da Segunda Grande Guerra, as pessoas começaram a falar em direitos e a querer mudar as coisas.
 
Este livro começa em 1962, e tem como principais personagens Aibeleen, Minny e Skeeter. Aibeleen e Minny são duas criadas negras. O normal era as mulheres trabalharem como criadas e os homens nas fábricas e assim. Skeeter é branca e tem a ideia de escrever um livro sobre a vida destas mulheres. Escrito a 3 vozes e muito bem escrito, o livro é um convite à reflexão sobre um tempo que já não existe mas que marcou profundamente a sociedade....

 

domingo, 1 de setembro de 2019

O que ando a ler

The Help by Kathryn Stockett - apesar do filme não me ter entusiasmado por aí além, estou a gostar muito deste livro.

sábado, 24 de agosto de 2019

O Segredo de Ana Plácido de Teresa Bernardino

Ana Plácido é conhecida por ter sido amante e mais tarde esposa de Camilo Castelo Branco. Terá sido, possivelmente, o grande amor da vida dele. Este livro é um convite a mergulhar na pessoa que Ana Plácido terá sido.
O livro é escrito sobre o ponto de vista do filho Jorge, o filho que era louco. Não é aquele típico livro de biografia romanceada em que começa pelo nascimento ou algum acontecimento importante na vida da pessoa. Teresa Bernadino escreve a história como se fosse um policial. Quem era Ana Plácido?  O que pensou ou terá sentido em determinados momentos da sua vida? Como era viver com um homem com a personalidade difícil de Camilo Castelo Branco?
Escrever uma biografia assim é arriscado mas o resultado é excelente. Não só porque Teresa fez um rigorosa pesquisa mas também porque tem uma escrita maravilhosa. Dá vontade de correr para a biblioteca de descobrir os livros de Camilo Castelo Branco e também alguns que Ana Plácido escreveu...

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

quem é o réu?

O réu é para a sociedade alguém que não merece respeito a partir do momento que nessa qualidade é tratado. Nunca se põe a questão de saber o que suscitou ou obrigou a determinado acto ou o grau da sua responsabilidade. Só interessa torná-lo um símbolo vivo da culpa ou do sentimento do mal que a natureza humano encerra.


O Segredo de Ana Plácido de Teresa Bernardino  

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Filhos

Um filho não chega para manter um matrimónio onde o amor não tem morada. Um filho é uma exterioridade conforme às leis da natureza, com as quais o amor nem sempre coincide. Pode até ser uma fuga, se a comunhão não existe, se o matrimónio é uma frustração; se os pais não se amam, separa-os ainda mais, porque ele é um outro ser a quem nos vamos prender, na busca de algo mais pleno, como se fosse a nossa própria eternidade.


O Segredo de Ana Plácido de Teresa Bernardino
 

domingo, 11 de agosto de 2019

A Casa das Sete Mulheres de Leticia Wierzchwski

Conheci este livro através da adaptação para série feita pela TV Globo, em 2003. Na altura em que passou cá pela primeira vez apanhei a história a meio, no entanto fiquei encantada. Voltei a rever mais tarde mas confesso que nessa altura não achei tanta piada à história.
Foi por isso, com algum receio, que coloquei o livro na minha pilha de livros a ler.
Felizmente os meus receios de não gostar foram infundados. A Letícia Wierzchwski  tem uma escrita envolvente que nos absorve e nos coloca lá.
 
O livro passa-se durante a Revolução Farroupilha (1835-1845). Confesso que não conhecia esta parte da história do Brasil e ler o livro fez-me conhece-la. O livro não se foca na guerra, essa guerra é apenas um pano de fundo. O livro foca-se nas mulheres, esses seres que não iam para a guerra mas ficavam à espera do seu fim. E sobretudo rezavam para que os maridos, irmãos, filhos e demais parentes voltassem sãos e salvos...
Para terminar gostaria de dizer que as sete mulheres que dividem o protagonismo no livro eram familiares de Bento Gonçalves, o militar que liderava a revolução. Não sei quais os acontecimentos são verídicos e quais são os ficcionados mas é tudo tão bem feito e tão agradável de ler que esse pormenor não é importante.  


 

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

O que ando a ler

A Casa das Sete Mulheres de Letícia Wierzchwski - um livro maravilhoso que me tem encantado a cada capitulo.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Destino

O tempo às vezes pode se arrastar muito nestas paragens, minha filha... Mas tenha calma, se o seu marido está para vir, não há de ser a guerra que vai tirá-lo do seu caminho. Essas coisas estão programadas todas. Confie em mim, que eu sei desses assuntos de destino, pois aprendi da forma mais dura: vivendo.
 
A Casa das Sete Mulheres de Letícia Wierzchwski

terça-feira, 9 de julho de 2019

Chéri de Colette

Já tinha visto a adaptação deste livro e não tinha ficado especialmente interessada em ler o livro.
O meu problema com Chéri é mesmo a história e os personagens. Não os apreciei no filme e agora também não. A história não tem qualquer encanto para mim. Por outro lado adorei a escrita de Colette. Uma escrita invulgar, sensual, cheia de delicados contornos. Colette era uma pessoa fascinante. Há uns meses vi um filme sobre Colette e gostei imenso. Foi por esse motivo que decidi ler o livro, que estava esquecido na estante...
Mas o Chéri não me entusiasmou. Fica a vontade de ler outros livros dela. A ver o que se consigo arranjar já que há muito pouco editado por cá.


 

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Mais Forte que o Desejo de Cheryl Holt

Com o advento das Cinquenta Sombras de Grey a literatura erótica ganhou destaque. Não que antes não houvessem livros desses a circular. Mas os livros que eram escondidos nos cantos escuros das livrarias passaram para as montras.
Quando se lê um livro destes não se esperam milagres, mas há sempre autoras que conseguem fazer melhor. Já tinha lido um livro da Cheryl há uns anos e tinha gostado. E agora também gostei. Apesar do "sistema" a que este livros parecem obedecer a autora consegue cativar. Talvez porque se esforce por criar uma historia, mais ou menos credível, e o livro não seja todo ele preenchido com cenas de bolinha vermelha.

 

domingo, 16 de junho de 2019

A Solidão dos Números Primos de Paolo Giordano

Um número primo é inerentemente solitário: só pode ser dividido por si próprio ou por um, nunca se adaptando aos outros. Alice e Mattia também, vivendo em torno do seu próprio eixo, sozinhos com as suas respectivas tragédias.

Alice, uma criança bastante introvertida, é obrigada pelo pai a frequentar um curso de esqui para ser forte e competitiva. No entanto, um acidente terrível deixará marcas no seu corpo para sempre.

Mattia é um menino de inteligência brilhante cuja irmã gémea é deficiente. Quando são convidados para uma festa de anos, ele deixa-a sozinha num banco de jardim e nunca mais torna a vê-la.

Estes dois episódios irreversíveis marcarão profundamente a vida de ambos para sempre. Anos depois, quando estes «números primos» se encontram, são como gémeos que partilham uma dor muda que mais ninguém pode compreender. E tal como os números primos, ambos estão destinados a viver vidas paralelas sem nunca se encontrarem.
 
 
Não tenho por hábito colocar aqui a sinopse dos livros que leio. Em geral acho-as pouco elucidativas e até dão ideias errados sobre o livro. Neste caso concreto a sinopse resume de forma perfeita o livro. Um livro pequeno conciso e que nos faz pensar. Muitas vezes não percebemos a forma como algum acontecimento nos marca. Alguns deixam marcas que o tempo não apaga, outros mudam-nos. Este livro mostra isso mesmo, como uma tragedia pode deixar marcas, mostra também encontros que nunca o são verdadeiramente, talvez porque quem sofre não consiga construir para si uma historia com contornos felizes....  

sábado, 1 de junho de 2019

O que ando a ler

A Solidão dos Números Primos de Paolo Giordano - Um livro mais sério depois de uma leitura mais leve.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Só se ama uma vez de Johanna Lindsey

De vez em quando sabe-me bem ler este género de livros. São fáceis de ler, são pequenos... Já sei o que me espera quando os começo a ler. Este foi uma leitura agradável, mas não foi dos melhores que li dentro deste género. Achei a história um bocado fraca e sem grande novidade... Fica aqui o registo apenas para me lembrar que não valerá muito a pena voltar a esta autora.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Alma Rebelde de Carla M. Soares

Alma Rebelde é o primeiro livro de Carla M. Soares e é também o primeiro livro que leio dela. Depois deste, outros foram publicados. Pessoalmente fico sempre contente quando vejo novos autores emergirem e vejo que estes autores não se ficam pelo primeiro livro.
 
Quando a história começa sente-se perfeitamente o medo e a incerteza de Joana, a nossa protagonista. O livro aborda o tema dos casamentos combinados algo que existiu desde o inicio dos tempos. Uma realidade cruel para as mulheres, que se viam em casas estranhas rodeadas de estranhos. Nesse aspecto livros sobre rainhas abordam muito bem o tema. E também aqui isso aconteceu. O livro tem um desenrolar imprevisto e que me surpreendeu.
 
Gostei muito e fico à espera da oportunidade para ler mais livros desta autora.
 

sexta-feira, 10 de maio de 2019

A Feira das Vaidades de William Thackery

Há uns anos atrás vi uma adaptação para cinema deste livro. Lembro-me de na altura gostar, mas não ter ficado particularmente ansiosa para ler o livro. Mais recentemente vi uma adaptação feita para televisão e lembrei-me que tinha este livro para ler. Coloquei-o na pilha de livros a ler este ano.
 
Em geral, os livros são melhores que os filmes ou séries. O motivo não são adaptações mal feitas, mas o facto de ser difícil de fazer justiça à história. Neste caso concreto, a escrita de William Thackery é deliciosa, muito irónica e com bastante humor, o autor dá-nos um fresco da sociedade do seu tempo. Em muitos aspectos, a sociedade é ainda igual. E isso é assustador e ao mesmo tempo fascinante.
 
No centro da história, estão Becky e Emmy, duas jovens muito diferentes entre si. Emmy é um poço de bondade e Becky um poço de egoísmo. Becky é uma jovem, sem berço, fortuna ou relações importantes e Emmy o oposto.
Muitas das acções de Becky são reprováveis, ou melhor todas as suas acções. Num mundo complicado e cheio de preconceitos para quem nada tem, ela tem que fazer o seu próprio caminho.
 
Thackery definiu que este era um romance sem herói, no sentido que não havia protagonista, mas no sentido mais literal talvez ele quisesse dizer que não havia um herói, alguém bonzinho. Não é possível gostar de Becky, mas seríamos nós imunes ao seu charme se ela cruzasse o nosso caminho???
 
Este é sem dúvida um grande clássico. Esta edição que tenho é da book.it. Em certos pontos pareceu-me que não estava bem traduzido e tinha imensas gralhas. Tenho pena que não estejam publicados mais livros deste escritor. Quem sabe a Relógio de Água colmata essa falha???

 

sábado, 4 de maio de 2019

Notas sobre o mundo dos livros

O "prefácio" da última edição da revista Ler começa por dizer que 33% dos americanos que terminaram o ensino secundário nunca mais leram nada. Os números continuam e não são nada simpáticos. Por alturas do dia do livro as estatísticas diziam que as vendas de livro têm caído muito.
 
A verdade é que os hábitos de leitura dos portugueses nunca foram grande coisa, mas também é verdade que os livros são caros. A realidade é que o cerne da questão é outro. O dinheiro é apenas uma desculpa, há uma grande mercado de alfarrabistas, há bibliotecas, há cabines de leitura...
O facto é que a maioria das pessoas não gosta de ler, nunca leu nada para além dos livros de escola.
A realidade é que ler não se vê. E digo isto porque se olharmos para alguém não sabemos se lê ou não. Mas se olharmos para a roupa, podemos assumir que ganha bem pois pode vestir marcas. Não é diferente de quando vemos alguém numa selfie, num qualquer destino europeu. São tudo coisas que se veem e os livros e já agora a cultura não se vê.
 
Eu sempre achei as desculpas do dinheiro e a maravilhosa falta de tempo, justificações próprias de quem não quer ler... Resta-nos, o consolo que vai havendo quem leia, quem comece pelas E.L. James deste mundo e termine em algo mais profundo. E se não terminar o facto de alimentar a máquina dos livros, dando às editoras dinheiro, estas vão sempre publicando umas coisinhas boas para se ler....  

quarta-feira, 1 de maio de 2019

O que ando a ler

A Feira das Vaidades de William Thackeray - continuo na Feira das Vaidades e cada vez mais encantada por esta história.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

O que ando a ler

A Feira das Vaidades de William Thackeray - um grande clássico da literatura inglesa que estou a gostar muito de ler.

terça-feira, 19 de março de 2019

O Último Rei da Escócia de Giles Foden

Em 2006 vi a adaptação deste livro para cinema. Se isso não tivesse acontecido e visse o livro num qualquer escaparate ia achar que estava perante um romance histórico. Um qualquer livro sobre o último homem a reinar sobre a Escócia, algures num século distante. Tal não podia estar mais errado.
Na realidade a única relação que o livro tem com a Escócia é o personagem principal, Nicholas Garrigan, um médico que abandona a sua Escócia Natal para ir trabalhar no Uganda.
Através deste personagem fictício ficamos a conhecer o dia-a-dia dos Ugandeses, da sua realidade, das suas lutas, mas principalmente Idi Amim, líder do país durante a década de 70. 
Mas então porque é que este livro se chama assim? Bem era assim que Idi Amim se autointitulava.
 
O livro não é aquilo que normalmente se chama de "biografia romanceada" é mais um livro que convida a reflectir sobre os ditadores, as ditaduras, a pobreza dos povos africanos, a escassez de recursos financeiros, a politica.... Realidades que continuam tão actuais agora como nos anos 70...
 

sexta-feira, 1 de março de 2019

O que ando a ler

O Último Rei da Escócia de Giles Foden - um excelente livro sobre a história recente do Uganda.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

O Miniaturista de Jessie Burton

O livro começa com o casamento de Nella e Johannes, um casamento sem amor e de pura conveniência, não seria de esperar outra coisa pois estamos em Amesterdão no séc, XVI. Nella tem dificuldades em se habituar à sua nova vida: encontra em Marin, a cunhada, uma pessoa fria e distante, o marido não lhe liga, os criados são estranhos...
Como prenda de casamento Nella recebe uma casa de bonecas. Nella decide fazer da sua casinha o verdadeiro lar que não encontra na vida real e começa a comprar peças. Estas peças, feitas pela famosa Miniaturista, que dá o nome ao livro, são assustadoramente reais e parecem conter presságios. 
Percebe-se pela leitura que Jessie Burton fez o trabalho de casa mas falhou no desenvolvimento da ideia. Eu até tive curiosidade por saber quem era a pessoa que enviava as miniaturas, mas a revelação final não me convenceu. Além disso achei a personagem principal muito sem sal, preferia um livro sobre Marin...
 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

O que ando a ler

O Miniaturista de Jessie Burton - uma leitura que se aproxima da sua recta final. Não foi de todo um livro que tenha valido a pena...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Coisas que eu não entendo 5

Há uns meses percebi que a Wook dava agora a possibilidade de o cliente vender os seus livros. Isto é algo que a FNAC já tem há uns anos. Até aqui tudo bem. Há muitas formas de vender os livros que não se quer e esta é apenas mais uma. Hoje apercebi-me que na Wook só dá para vender livros esgotados. Livros que ainda existam no stock deles não aparece a opção venda o seu. Já na FNAC podemos vender qualquer livro. Não há restrições. Se a ideia da Wook era ganhar um extra com isto acho que nestes termos só fica a perder...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

it's that time of the year

Nesta altura os posts sobre filmes que estão nomeados para os Óscares inundam a blogosfera. Sempre foi assim. Muitas vezes pergunto-me se as pessoas veem estes filmes porque lhes desperta o interesse ou porque estão nomeados. Acho sempre que é porque estão nomeados. Pessoalmente não vejo filmes porque foram nomeados, vejo porque me despertam. Isto não é uma critica é apenas uma observação.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

O problema de uma série como o Luther é....

sento-me a ver os novos episódios e penso: bem vou ver o primeiro para ver como isto está. Quando dou por mim já tinha visto os quatros episódios desta temporada. O que faz esta série ser tão boa?? Os crimes são sempre atrozes e complexos; são crimes cometidos por pessoas verdadeiramente doentes. São originais, fazem-nos pensar. E claro o Luther é um personagem cheio de complicadas camadas, com uma vida nada linear e com uma estranha relação com Alice Morgan. Para mim continua a ser um dos melhores trabalhos da actriz Ruth Wilson. O personagem é bom, mas ela torna-o ainda melhor. Haverá mais Luther??? Ou esta foi a última vez que o vimos??

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Os Miseráveis de Victor Hugo

Este livro é um grande livro, não só no tamanho mas também no conteúdo. Por isso não é fácil escrever sobre ele.
O livro está dividido em vários "livros" e cada um deles toma um personagem para "protagonista" Muitos escritores esboçam maravilhosamente os seus personagens principais, mas os secundários ficam aquém. Quem nunca leu um livro e suspirou por saber mais de um secundário? Aqui isso não acontece. Talvez nenhum personagem seja secundário, talvez todos sejam protagonistas. Contudo alguns estudiosos afirmam que Jean Valjean é o protagonista.
 
Quem é Jean Valjean? Um homem simples, trabalhador, que um dia rouba um bocado de pão porque tem fome. Por este crime é condenado a trabalhos forçados. Seriam apenas cinco anos, mas as constantes fugas fazem com que ele fica lá por vinte anos.
O que se segue é uma verdadeira odisseia para salvar a alma e a eterna questão se pessoas como Jean Valjean teriam salvação. Penso eu que este era o motivo que fez Victor Hugo escrever este livro. Falar de pessoas que eram presas por pequenos crimes e passavam o resto da vida a expiar um pecado, sem possibilidades de redenção. A identidade escrita num papel amarelo fazia do condenado um proscrito, alguém que não podia trabalhar, sempre apontado pela sociedade.
 
Mas esta não é a história só de Jean Valjean, é também a história de Fantine, a mulher que se entrega por amor, fica grávida e paga caro por esse erro. A sua filha Cosette é salva por Jean Valjean e se não fosse assim seria mais uma criança perdida pelas ruas de Paris, como é Gavroche.
E claro não podemos esquecer Mário e os seus amigos que lutam por uma França melhor.
 
Victor Hugo, ao longo do livro, faz várias reflexões sobre a sociedade, convidando o leitor a pensar com ele. Confesso que por vezes achei-as chatas, por vezes achei-as pertinentes. Não deixem que isto vos assuste, se as reflexões podem ser chatas, o resto lê-se muito bem. Já conhecia a historia e quando lia dei por mim muitas vezes a pensar: mas como é que ele vai sair desta?? Não era porque não me lembrasse, era mais porque esse é o poder dos grandes livros!


 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Sabes que estás a ficar velha quando...

estás a ver um vídeo sobre livros que a pessoa quer ler e te consegues lembrar se leste ou não determinado livro....
 
( a bem da verdade quando um livro não causa impacto em mim, rapidamente o esqueço. )

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

O que significa "ler muito"?

Antes do Natal uma amiga perguntou-me se conhecia um livro pois queria comprar para a filha. Eu disse-lhe que não conhecia o livro. E ela afirmou que tinha perguntado porque eu lia muito.
 
Nos últimos dias do ano lembrei-me algumas vezes das palavras da minha amiga pois vi muitas listas de livros. Muita gente leu muitos mais livros do que eu, falo de blogues de livro. Em um ou outro blog vi listas mais curtas. Eu li 13 livros, não acho muito. E ando desde o final de Setembro a ler os Miseráveis que é enorme e denso já agora. Por isso acho que em termos matemáticos devo de ter lido 15 mesmo assim muito longe dos números de blogues de livros.
 
Pessoalmente não ando a competir. É verdade que tenho uma lista de livros a ler para o ano mas não fico frustrada se não ler tudo. Acho que o mais importante é ler. Eu tento sempre começar um livro no dia seguinte a ter terminado outro e acho que esse devia de ser o mote. Quando deixamos passar muito tempo entre leituras acabamos por perder o ritmo...


 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

O que é que a Madrigal vai ler em 2019

A Trança de Inês de Rosa Lobato Faria - depois de ter visto o filme fiquei com uma vontade enorme de reler o livro.
 
A Feira das Vaidades de William Thackeray - vi a série e fiquei com curiosidade de ler o livro.

O Miniaturista de Jessie Burton- é um livro que tem óptimas reviews. Eu vi a série mas não fiquei muito convencida, a ver o que sai do livro.
 
Só Se Ama Uma Vez de Johanna Lindsey - um daqueles romances cor-de-rosa que sabe sempre bem ler.
 
África Minha de Karen Blixen- eu adoro o filme mas até hoje ainda não li o livro...
 
Fado Alexandrino de António Lobo Antunes - gosto de Lobo Antunes e já lá vão muitos anos desde a última vez que li um livro dele.
 
A Solidão dos Números Primos de Paolo Giordano- eu adorei o filme pela sua simplicidade narrativa e agora vou ler o livro.
 
A Casa das Sete Mulheres de Letícia Wierzchowski - eu vi a série brasileira e fiquei com curiosidade em ler o livro. É uma história inspirada em factos verídicos.
 
Clube de Combate de Chuck Palahniuk - já vi o filme diversas vezes e adoro, contudo nunca li o livro.
 
Mildred Pierce de James M. Cain - mais um que sai da livraria para o ecrã e consequentemente para a minha biblioteca.
 
O Último Rei da Escócia de Giles Foden - um filme que gostei, será que gosto do livro??

A Ridícula Ideia de Não Voltar a Ver-te de Rosa Montero - uma escritora que vou conhecer pela primeira vez.
 
Rosa Brava de José Manuel Saraiva- um livro sobre Leonor Teles de Menezes, considerada uma das mulheres mais perversas da História.