terça-feira, 19 de agosto de 2014

últimos filmes vistos

Nos últimos tempos não tempo visto muitos filmes e os que vejo não me parecem dignos de nota. Aqui fica um apanhado dos últimos que vi.
 
Malévola - Vi apenas porque gosto da Angelina Jolie e pela curiosidade que o seu trabalho me desperta. Gostei, é uma premissa que começa a ser muito vista, vermos a historia do vilão até se tornar mau, mas este filme demonstra que uma premissa que não é nova até pode resultar num filme que entretém e que temos vontade de ver novamente. Para isso basta saber escolher os actores e fazer algum esforço a nível do argumento.
 
Guia para um Final Feliz - foi uma surpresa da qual não estava à espera. Confesso tenho preconceitos em relação ao Bradley Cooper que sempre vi como um rapaz bonito de sorriso falso. Mas aqui ele brilha e dá-nos uma boa performance num filme com um tema muito difícil. Fica a vontade de rever e ler o livro.
 
Shadow Dancer - devo ter sacado isto por causa do Clive Owen e foi por ele que fiz o sacrifício de ver. Oh coisa mais chata e mais sem charme!!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

E Tudo o Ventou Levou de Margarett Mitchell

Falar sobre E Tudo o Ventou Levou é falar sobre um dos grandes clássicos da literatura mundial. Quando pensamos neste livro, a maioria pensa no filme de 1939, protagonizado por Vivien Leigh e por Clark Gable e imediatamente associa o livro e o filme à história de amor entre os dois. Uma história atribulada, plena de emoção, cheia de altos e baixos e onde o melhor e o pior de ambos vem ao de cima. Contudo E Tudo o Vento Levou é muito mais do que isso, se fosse só a historia de amor entre dois grandes personagens não teria chegado ao estatuto de clássico. Possivelmente, o filme era hoje um entre muitos que as pessoas sabem que se fizeram mas nunca faria parte do currículo dos actores envolvidos.
 
A história é uma historia do velho Sul da América, onde o tempo passava devagar, onde os ricos eram muito ricos e os pobres eram quase inexistentes. As grandes plantações de algodão dominavam o horizonte. O Sul era uma comunidade fechada, onde as regras eram para ser cumpridas. As mães educavam as filhas para o casamento e os filhos para dirigirem a plantação. No fundo, bem vistas as coisas era um sistema.
O livro é rico em detalhes sobre a vida sulista, os costumes e tradições são explicados e muitas vezes criticados.
Quando o livro começa conhecemos Scarlett O'Hara, uma beldade do sul, com apenas dezasseis anos, ela só pensa em ir a bailes, ter muitos pretendentes e conquistar Ashley Wilkes. Todos os seus planos de conquistá-lo, talvez surtissem efeito se não fosse pelo facto de ele estar comprometido com Melanie, a sua prima e claro que o começar da Guerra Civil também impede Scarlett de conquistar o seu amor.
Este podia ser o resumo resumido de um qualquer livro da Harlequin. Mas não é. Mitchell através da sua escrita e dos personagens que criou dá-nos um fresco do sul, antes, durante e depois da Guerra, percebemos o quão sangrenta e devastadora esta guerra foi e como marcou a vida dos sulistas.
Os Sulistas são diferentes dos Nortistas pois parecem viver agarrados a um passado aristocrata e que rapidamente perde importância durante a guerra e depois dela. Os ensinamentos dos pais de pouco servem num mundo selvagem que se torna o sul no pós guerra.
 
Um livro até pode ter uma boa história mas nada é sem personagens minimamente cativantes, e todas as personagens deste livro o são, umas mais que outras. Melanie, o poço infinito de bondade, Ashley o cavalheiro mais cavalheiro do mundo, as velhas maldosas e cheias de fel, a Tia Pitty com os seus chiliques, Babá, sempre dividida entre o dever, o que é correcto e o seu afecto por Scarlett, Rhett, um bom sacana com bom coração e Scarlett.
Sobre Scarlett podia escrever uma dissertação, ela consegue despertar o ódio em mim, consegue também despertar uma imensa admiração pela sua coragem e determinação e por nunca se dar por vencida.
E tudo o vento levou é sem dúvida um dos meus livros preferidos, já o tinha lido há alguns anos e isto foi uma releitura. Mas o meu entusiasmo foi igual, as dúvidas, as incertezas, as angustias que sempre acompanham uma primeira leitura estavam lá. Por isso aconselho este livro a todos. Se já viram o filme, vão com certeza descobrir uma história mais rica, com mais detalhes. Se nunca viram ou leram preparem-se para ser arrebatados.



 

sábado, 9 de agosto de 2014

dos argumentos que não entendo

há dias em conversa com uma colega de uma formação que estou a fazer, ela contou-me que o filho, prestes a entrar na Universidade, é viciado em tecnologia até aqui nada demais, afinal esta geração cresceu com tecnologia à mão de semear.
Contou-me ela que o filho tinha comprado pela internet um telemóvel que tinha custado trezentos e tal euros, pelos vistos tinha vindo da China. Disse-lhe que em caso de avaria ia ser complicado arranjar, ela respondeu simplesmente: eu também lhe disse isso, mas ele não me ouve.
Não disse nada, mas pensei, se foi ela que pagou pelo telemóvel não tem ela o poder? Ainda que o miúdo tenha juntado o dinheiro que recebe no Natal, nos anos, ou algo do género, cabe aos pais pôr limites. E ainda por cima o rapaz teve de pagar oitenta euros pelo desalfandegamento... Juntem a isto o custo de ir a Lisboa já que eles vivem algures em Coimbra (ela está cá no Porto a fazer o curso, ainda não percebi muito bem porquê... ) 
Honestamente juntando isto tudo, o telemóvel teve demasiados custos.. Mas o que mais me surpreendeu na história foi aquilo que eu assumo como uma incapacidade para dizer não.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O que ando a ler

Não foi um mês muito bom em leituras, mas deu para terminar um livro e começar outro
 
 
Pássaros Feridos de Colleen McCullough - tenho estranhado bastante a relação entre o padre Ralph e a Meggie... sabia que acontecia, mas pensei que eles só se conhecessem na idade adulta...
 
Dois Anos e Uma Eternidade de Karen Kingsbury - romance leve mais leve não há. Eu não gosto muito de romances contemporâneos e este livro vem demonstrar que as minhas reticencias têm fundamento. Prefiro de longe os livros românticos passados noutros tempos podem ter imensas incorreções mas ao menos criam dificuldades plausíveis para o casal ultrapassar, a maioria claro.
 
Rebeca de Daphne Du Maurier - Há contornos muitos misteriosos neste livro e isso mantém o interesse do leitor. Já vi o filme do Hichtcook e a adaptação foi soberba. Todo o clima do livro e do suspense estão no filme.