sábado, 30 de dezembro de 2017

Balanço Literário de 2017

O ano passado foi horrível a nível de leituras. Não houve nenhum que me tivesse realmente agradado e passei o ano a ir de desilusão em desilusão. Este ano foi diferente.
 
Comecei o ano a ler The Roman do Sylvain Reynard. Eu gosto muito deste autor, mas não acho que vá voltar a ler. Eu sei que o género literatura cor de rosa repete ideias, não prima pela originalidade e sobretudo tem uma cartilha pela qual se rege. Mas e há sempre um mas, uma coisa é sabermos que não estamos a ler um livro que vai se tornar um dos livros da nossa vida, outra coisa é ler algo que se parece repetir, em ideias, traços e sobretudo gestos dos personagens.
 
Passei depois ao Tempo Entre Costuras de Maria Duenas um livro com uma ideia diferente, uma modistas que se torna espia, mas que se perdeu em pormenores desinteressantes e na necessidade de explicar demasiado as coisas onde não havia necessidade disso.
 
Depois de Espanha, fui parar a uma cidade muito simpática, onde acontecem coisas do arco da velha. Estou a falar de Macondo, a cidade fictícia que saiu das mãos de Gabriel Garcia Marquez no seu Cem Anos de Solidão. Gostei muito deste e já tenho nos planos ler mais deste autor.
 
Gostei tanto da América Latina que decidi ficar por lá. Contudo o Mario Vargas Llosa trocou-me as voltas e o seu As travessura da Menina Má tinha cenário diferente. Fui com Ricardo para Paris, a Londres, a Tóquio tudo isto na perseguição do amor da sua vida, Lily.
 
Com tanta agitação achei que era proveitoso fazer uma pausa e por isso por breves instantes o meu mundo encheu-se de mimosas e poesia, quando li o No Tempo das Mimosas da minha amiga Eva Sousa.
 
Pela pena de William Nicholson fui em Busca do Verdadeiro Amor. Não o encontrei mas em troca conheci um livro muito bom que me fez pensar e que citei neste blogue várias vezes.
 
Depois de deixar o William vi-me da companhia de Jojo Meyes e de Lou e Will, os protagonistas de Viver Depois de Ti, um livro que adorei, já tinha adorado o filme.
 
Eis que chego à primeira desiluão do ano: Nós, os Dois de Andy Jones. Um livro que partia de uma ideia diferente mas que não soube explorar isso.
 
Seguiu-se uma viagem ao universo Outlander, desta vez para a quinta aventura. Uma verdadeira desilusão.
 
Tinha medo de ler o Princepezinho e não gostar, mas adorei e fiquei fascinada com a aparente simplicidade de uma historia que consegue dizer tanto.
 
Meti-me numas aventuras estranhas no Caso Jane Eyre e fui novamente para aos clássicos com a Morgadinha dos Canaviais.
 
Fiz nova pausa para ler um pouco de poesia, desta vez de Safo. Termino o ano a ler As Memórias de uma Gueixa. Mas já não há tempo para concluir.
 
a todos os que leem o blogue desejo um bom ano.



 

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

A Morgadinha dos Canaviais de Júlio Dinis

Uma vez dissera-me que o Júlio Dinis era parecido com a  Jane Austen. Agora que já li posso dizer que há alguma semelhança mas acho que a Jane Austen ganha. O nosso Júlio critica a sociedade tal uma a Jane faz, falta-lhe, contudo, uma maior ironia e sentido de humor que a Jane tem e eu adoro.
 
O livro começa com a viagem de Henrique Souselas até uma aldeia do Minho onde vive uma tia. Quando lá chega dá-se o inevitável choque da cidade com o campo. Henrique depressa esquece as moléstias que o tinham lá levado ao conhecer Madalena, a Morgadinha dos Canaviais.
 
Depois de alguns atritos, desventuras e afins lá chegamos ao tão desejado happy ending.
 
Eu achei este livro delicioso, mas sou suspeita pois gosto de clássicos e são raros os que não gosto. Apesar da simplicidade da trama, Júlio Dinis é um escritor que sabe escrever, tem bons diálogos e aqui e ali dá umas frases que apetece citar. Foi a minha estreia com ele e será certamente um autor ao qual voltarei um dia.

 

domingo, 17 de dezembro de 2017

A Luz entre os oceanos

Quando li a sinopse do livro A Luz entre os oceanos não me chamou a atenção. Mais tarde veio a noticia que ia ser filme e teria o Fassy como protagonista. Eu gosto muito dele e decidi ver.
 
Na sexta-feira vi o filme e honestamente não achei nada de especial. Para começar a historia de um casal que perde duas crianças, ainda antes delas nasceram, é banal. Mas pensei sempre que essa banalidade fosse compensada pelo desenrolar da historia.
 
Contudo isso não aconteceu, quando é encontrada a mãe verdadeira da criança a história torna um rumo previsível e até parece um comboio sem destino. Teria gostado mais de uma luta entre as duas mulheres de algo que fizesse quem está a ver vibrar. Para mim o filme valeu a pena unicamente pelas belas paisagens e pelo Fassy, ele próprio uma bela paisagem de se olhar.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

fotografias de grupo

As fotos de grupo são aquele momento em que olhamos e olhamos e demoramos eternidades a reconhecer quem conhecemos... No caso das fotos de grupo onde está a minha sobrinha é fácil de reconhecê-la. Ela está sempre a olhar para o dia de ontem.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Palavras...

Desde quinta-feira que ando a ler a Morgadinha dos Canaviais. O livro foi publicado em 1868. Li cerca de 60 páginas. Já encontrei dezenas de palavras que já não se usam. Acho mesmo curioso ver como a nossa língua evoluiu neste tempo todo.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

O que ando a ler

A Morgadinha dos Canaviais de Julio Dinis - dizem que o Júlio Dinis é parecido com a Jane Austen. Só comecei ontem por isso ainda não sei...