domingo, 24 de julho de 2022

O Assassinato do Arquiduque de Greg King e Sue Woolmans

 Não conhecia este livro e por isso não fazia parte daquela lista de livros a ler um dia. Mas vi-o numa promoção da Bertrand e achei interessante. 

Quando comecei a ler pouco ou nada sabia sobre o Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono ao Império Áustria-Hungria. O seu assassinato, em 1914, foi como o acender de um fosforo, que desencadeou a Primeira Guerra Mundial.

Eu esperava um livro chato, cheio de factos, afinal não é uma biografia romanceada, mas sim uma biografia a sério. Felizmente estava enganada e a leitura foi tão empolgante como se fosse ficção escrita por um grande autor. 

É sempre interessante conhecer figuras históricas cujo o destino determinou a vida de tanta gente no continente europeu. Ainda mais quando penso que este Arquiduque só se tornou herdeiro do trono porque o filho do imperador se suicidou e embora tivesse filhas estas não estavam na linha de sucessão. Se o verdadeiro herdeiro tivesse vivido para reinar, o destino de Francisco Fernando tinha sido outro. Não tenho tanta certeza se não haveria guerra, afinal todos os motivos são válidos para declarar guerra e invadir os países vizinhos...


sábado, 9 de julho de 2022

O Ano da Dançarina de Carla M. Soares

 Há uns anos li o primeiro livro da Carla M. Soares, gostei do livro e achei que a Carla tinha imenso potencial como escritora. Este livro é mais trabalhado e nota-se claramente que a autora evoluiu na escrita.

Escolhi este livro porque tinha muita curiosidade sobre o Portugal no fim da Primeira Grande Guerra, a minha curiosidade foi aguçada pela série portuguesa Vento Norte, exibida da RTP1. 

É uma época que não se encontra muito nos livros pois a maioria dos novos escritores prefere o tema já esgotado do Fascismo. 

No Ano da Dançarina conhecemos a família Lopes Moreira, uma família rica com vários filhos. O nosso protagonista é o filho mais velho, Nicolau, que se alista e vive os horrores da Primeira Grande Guerra. Volta ferido no corpo e na alma a Lisboa para tentar recomeçar.

A autora fala de diversos momentos históricos, 1918, foi um ano agitado e marcado pela famosa Gripe Espanhola. É um pouco estranho ler determinadas passagens do livro e pensar que há bem pouco tempo também nós sofremos uma epidemia e continuamos a sofrer, embora as restrições não sejam tão severas.

Para terminar gostaria de dizer que gostei muito deste livro tanto da história como dos personagens. E se a RTP tivesse antes adaptado este livro em vez de criar uma história de raiz tinha sido mais feliz. Vento Norte falha em muitas coisas, mas a principal é a de ter criado uma história que podia ter sido muito mais rica.