A Dama das Camélias faz parte de uma lista de livros aos quais chamamos clássicos da literatura. Como todos os bons clássicos aparece mencionado aqui e ali.
A mim só me chamou verdadeiramente a atenção depois de ouvi-lo num representação feita para a rádio BBC 4.
O livro além de se ter tornado um clássico, teve ainda o mérito do ser adaptado para o teatro, ainda pela mão do próprio Dumas e ter servido de inspiração para a criação da ópera de Verdi " La Traviata".
Nos tempos mais remotos, as mulheres tinham apenas dois papéis ou eram anjos dentro do seu lar ou aquelas que durante a noite aqueciam os seus leitos recebendo homens. Às primeiras era negado quase tudo e as segundas o amor, ninguém acreditava no afecto destas mulheres, precisamente porque empregavam certas manhas para conquistar o sexo oposto.
Marguerite Gautier, pertencia ao segundo grupo, era a mais famosa cortesã parisiense por volta de 1842. Por cortesã não se entenda prostituta, mas sim mulheres que tinham um homem que lhes pagava e que quando se cansavam delas, outro tomava o seu lugar. Existem muitas cortesãs famosas.
Marguerite tem a felicidade ou infelicidade de conhecer Armand Duval por quem se enamora, e por quem está disposta a tudo, mas a sociedade não vê com bons olhos este amor, dizer mais é revelar o que acontece..
Gostei muito de ler este livro, primeiro porque o considerei absolutamente viciante, embora já soubesse o que ia acontecer, além disso o livro tem o mérito de não ser lamechas ao contrário de muitos que para aí andam e se intitulam de grandes estórias de amor. Outra virtude é reconhecermos facilmente algumas das caracteristicas da Corrente Literária Romantismo, do qual ele é considerado um bom exemplo. Mas creio que o maior mérito vai para o facto de demonstrar que os homens são capazes de sentir um amor verdadeiro e puro por uma mulher ainda que ela seja uma perdida, talvez porque a estória foi inspirada na própria paixão de Dumas por uma cortesã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário