Pessoalmente adoro livros que acompanham os personagens ao longo de um período longo das suas vidas. Se a história se estender por várias gerações melhor ainda. Acho sempre interessante ver como os erros e decisões dos pais se reflectem nas vidas dos filhos.
Foi por isso que comecei a ler esta trilogia ou melhor decidi comprar os livros que a compõe, são eles: irmãs de sangue, um fogo eterno e luz efémera.
A história começa na adolescência de Camilla, Hannah e Sarah, três amigas muito diferentes, mas com muito em comum. As três amam o Quénia onde vivem, apesar de tanto Sarah como Camilla não terem nascido ali.
Unidas por uma amizade as três vão ser, ao longo dos anos, postas à prova pela vida e pelas circunstâncias difíceis do país.
Não achei esta trilogia nada demais. Estava à espera de mais confesso. Mas esbarrei muitas vezes em personagens estereotipados.... É sempre aquele factor que tira o prazer a qualquer leitura. Depois o livro segue uma narrativa que muitas vezes se adivinha. Ninguém vai inventar a roda mas alguma surpresa é sempre bom.
Mas nem tudo é mau nesta trilogia, há muitas vezes o convite à reflexão sobre o Quénia e sua situação politica, que a meu ver não difere muito de outros países africanos, há a questão ambiental e da preservação da natureza, da caça ilegal. E há sobretudo o amor à terra árida e seca que tanto parece fascinar quem por lá passa.
Não sendo uma obra prima ou algo memorável esta trilogia pode ser uma leitura agradável para quem procura livros mais leves para o verão que se aproxima.
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