Tristão e Isolda

Como leitora tenho um soft spot por lendas, para mim são o inicio da literatura. Conheci esta lenda através do filme de 2006 com James Franco e Sophia Myles.

 

Tristão e Isolda é uma lenda famosa, tão famosa que chegou até a Portugal, D. Dinis falou dela, há ecos dela por toda a Europa Medieval. Wagner fez dela uma ópera. Mas o que tem de especial esta história? É uma história de amor intenso, de um grande amor que tudo ultrapassa e há um grande recheio de aventuras...

 

Confesso que fiquei muitas vezes encantada com a história apesar de a conhecer, embora haja diferenças entre o filme e o livro. Penso que isto acontece porque há uma certa intemporalidade naquilo que é escrito. Quem nunca amou? Quem nunca se viu traído? Vítima de injustiças? Ou separado de quem ama??

Uma historia muitas vezes contada também pode ser encantadora e esta é.

o problema de dividirem os livros é....

eu podia dizer o custo, mas acho que é mais decidir se conto como dois livros lidos ou um....

(a propósito da divisão do sexto volume do Outlander)

Desenraizados de Erich Maria Remarque

A Segunda Guerra Mundial é um tema recorrente no mundo literário actual. Sempre que vejo uma lista de novidades há sempre um livro sobre este tema. Alguns livros são baseados em histórias verdadeiras, outros pura imaginação. A maior parte desses livros fala da vida nos campos de concentração, penso que poucos falarão sobre os refugiados.

 

Quem eram os refugiados? Pessoas normais, com vidas normais... Pessoas que pelas suas ideias politicas ou religião se viam sem casa. Mais que se verem sem casa viam-se sem país, sem nacionalidade, sem documentos. Sem documentos, um refugiado começava uma longa "dança" entre os vários países que fazem fronteira com a Alemanha. Deportados hoje apenas para voltarem amanhã.

 

Como é fácil de ver Desenraizados tem como tema central este drama, o drama das personagens Kern, Ruth e Steiner que juntos formam um trio que nos guia ao longo das páginas da historia saída das mãos de Erich Maria Remarque. Ele próprio um refugiado,  que viu os seus livros serem queimados pelo partido Nazi.

 

Mary Reilly de Valerie Martin

A história do Dr. Jekyll e Mr. Hyde é sobejamente conhecida. São inúmeras as séries e filmes que se fizeram sobre o livro do Robert Louis Stevenson.

 

Há qualquer coisa de apelativo na ideia de alguém puder ser dois, um bom e outro mau. No fundo e a meu ver um estudo sobre a natureza humana.

 

Valerie Martin pegou na história e deu-lhe uma nova personagem: Mary Reilly, uma das criadas da casa do Dr. Jekyll. É através dos seus olhos que vemos desenrolar a história. E é também pelas suas palavras que sentimos tudo: o medo, o sentimento que algo não está bem, o susto que faz um barulho perdido na noite escura, o nevoeiro denso que encobre as coisas...

 

Eu não sou grande fã do thriller ou do romance gótico mas adorei o filme deste livro desde a primeira vez que vi. Foi isso que me levou a ler o livro. Foi um daqueles raros casos em que acho a adaptação muito bem feita. Será portanto caso para dizer: leiam o livro e vejam o filme.

 

Valsa Negra de Ana María Moix

Quando eu era criança vi repetidas vezes os filmes da Sissi, protagonizados pela Romy Schneider. Eram filmes muito românticos feitos para fazer sonhar. Só quando era adolescente é que descobri que a realidade da Sissi era muito diferente. Mas isso não me fez desistir dela, antes pelo contrário acho-a fascinante. É daquelas figuras que eu gostava de ter conhecido. Uma mulher à frente do seu tempo e que vivia numa gaiola dourada. Por isso comprei há muitos anos este livro, este e outro que um dia lerei. São tentativas de tentar conhecer melhor a Sissi, que desconfio que ninguém conheceu.

 

Quanto a este livro como biografia sabe a pouco e achei-o incompleto. Mas como livro e ponto de partida para a vida de Sissi achei-o bom...

Suspeitas...

Eu não ando sempre enfiada em lojas e também não ando sempre a ver as lojas online MAS nestas alturas de saldos acho que aparecem lá trambolhos de roupa de outras coleções de há MUITO tempo atrás!!

O Primo Basilio de Eça de Queiroz

Na edição que tenho da editora Livros do Brasil há uma carta do pai de Eça. Nessa carta ele diz que não entende os motivos que levam Luiza a trair o marido...

 

Antes de ler este livro eu já conhecia a história, vi um filme brasileiro e há muitos anos uma série, também ela brasileira, que adaptavam este livro. O tema da infidelidade feminina parece aparecer a miúde na literatura, em especial na que foi escrita no século XIX.

 

Luiza, uma mulher jovem e bem casada acaba por sucumbir à sedução do Primo Bazilio. Num olhar superficial diria que é o tédio que a faz sucumbir. Num olhar mais atento acho que ela trai o marido por motivos mais femininos. Luiza é uma mulher romântica, lê romances e como tantas outras sonha com algo mais. Além disso o casamento é apenas isso: um casamento. Algo imposto. Parece-me comum nos livros explorarem isso, a ideia do casar por casar. E muito havia a dizer sobre isto, mas fiquemos apenas pela ideia

 

Luiza acaba por pagar caro o seu erro quando as cartas que escreve caem nas mãos de Juliana, sua criada. Esta personagem é mesmo má, sem qualquer ponta de redenção.

 

A trama vai-se desenrolando e no final as suspeitas confirmam-se: Luiza foi fraca ao sucumbir a Bazilio pois este não passava de um conquistador barato.

 

É um livro excelente e que adorei ler. Até agora só tinha lido Os Maias, mas vou ver se corrijo este erro me dedico à obra deste grande escritor.

O que ando a ler

O Primo Bazilio do Eça de Queiroz - mais ou menos uma semana depois de começar este livro estou já a cerca de 100 páginas do fim. Estou a adorar.