terça-feira, 30 de junho de 2009

Walk the Line - James Mangold

Walk the Line conta a história de Johnny Cash. A vida deste cantor, que ficou conhecido como o Homem de Negro, não é diferente de outros cantores.
De origens humildes, rapidamente conhece a fama. Com ela vêm o consumo de drogas e o declinio de uma carreira de sucesso. Mas Johnny Cash teve a sorte de conhecer June Carter, que acaba por ajudá-lo a libertar-se do vício das drogas e a retomar a carreira que continua a ser recheada de sucesso.
Talvez o que tenha faltado a muitos cantores, cuja a vida durou pouco, mas tornaram-se idolos e cujas músicas continuam a ser ouvidas, seja uma June Carter...

domingo, 28 de junho de 2009

Drácula



Drácula realizado por Francis Ford Coppola é um dos meus filmes preferidos. Nunca fui fã dos filmes de horror, mas não sei porquê este conquistou-me desde a primeira vez que o vi. Confesso que tenho sempre medo e em algumas cenas fecho os olhos.

Agora, vou finalmente ler o livro, graças à leitura conjunta do fórum da Estante de Livros. Acredito que vai ver uma experiência interessante. Apesar de oficialmente só começarmos amanhã, eu já comecei. Li pouco é certo, mas Bram Stoker consegue fazer-me sentir que estou mesmo lá...

( imagem tirada da net)

sábado, 27 de junho de 2009

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson

Ontem perto da meia-noite antes de me deitar, acedi mais uma vez a um fórum no qual participo. Um dos tópicos activos/novos era: Michael Jackson news: Is he gone?, pensei que alguém tivesse a perguntar se ele teria acabado com a carreira definitivamente ou se estaria para voltar, nunca pensei que ele tivesse morrido... Lembrei-me depois de um filme que vi em tempos, Velvet Goldmine, sobre um cantor que ascende rapidamente ao estrelato e quando não consegue lidar com a fama, simula a própria morte. Quando os fãs descobrem a verdade ele acaba por cair em desgraça e desaparecer.
O filme lembra-me o Michael Jackson, subiu e desceu com a mesma velocidade. Mas a morte dele não é um golpe publicitário e muito menos uma mentira do 1 de Abril, embora seja essa a sensação que tenho.
As grandes estrelas nunca morrem e ele continuará a cantar. Não sou a fã número 1 dele, nem fã sou. Sou apenas alguém que gosta de ouvir e ver o Michael Jackson.
Deixo aqui uma das suas músicas, que a minha turma do 7º ano foi cantar na festa de Natal:

quarta-feira, 24 de junho de 2009

The sunniest day has its clouds; but one must not forget that the sun is there all the time.

Lucy Maud Montgomery

terça-feira, 23 de junho de 2009

Bom S. João

Hoje é dia de comer sardinhas, saltar fogueiras, dar muitas marteladas a todos e claro ver o fogo. Há imagem mais bonita do que esta?

(imagem tirada da internet)


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Alice in Wonderland

Finalmente chegam imagens e notícias do Alice in Wonderland do Tim Burton. Notem que na primeira imagem há ali uns arbustos deveras familiares.:)
Vejam aqui:
( e se alguém me souber dizer como faço links em condições, diga por favor. )

domingo, 21 de junho de 2009

Anatomia de Grey

Não, não vou tecer elogios rasgados a esta série ou dizer como o Mcdreamy é o homem dos meus sonhos ou o McSteamy, ao contrário do resto da população mundial não gosto desta série.

Quando começou na RTP1, vi os primeiros quatro ou cinco episódios e não gostei. A actriz que interpreta a Meredith parece mais velha do que devia ser na realidade. Não sei com que idade começam os internatos nos Estados Unidos, mas ela parece ter mais de trinta e não andar na casa dos vinte, idade que calculo ser a do fim do curso e posterior ingresso nos estágios.

Depois aquele chove e não molha entre a Meredith e o Derek também não ajudou, além de nenhuma personagem ter me cativado ou chamado a atenção.

Meia volta vejo um bocado na FoxLife, mas continuo a achar que a série não é nada de especial, tanto a nível de enredo como da prestação dos actores.

sábado, 20 de junho de 2009

Seda - Alessandro Baricco

Com capítulos curtos, muitos deles não são mais que um parágrafo, além de linguagem simples e concisa, embora muitas vezes soe poética, Alessandro Baricco conta-nos a estória de Hervé Joncour.

Em 1865, Hervé Joncour é um comerciante que se dedica a comprar bichos da seda, para as fiações que existem na sua terra natal, Lavilledieu, França. Uma doença afecta os bichos da seda e obriga-o a ir a aonde poucos foram: o Japão. No século XIX, o Japão era ainda um país isolado e por isso a doença ainda não tinha lá chegado. Seguem-se diversas viagens um tanto ou quanto atribuladas.

Este livro é pequeno, lê-se numa tarde, mas não gostei. Falta-lhe, para os meus gostos, um pouco mais de sumo. Senti falta de descrições mais pormenorizadas e de entender melhor o porquê de certos acontecimentos. Foi como olhar por uma janela suja e não conseguir ver tudo claramente. Não é, no entanto um mau livro. Para quem gostar de histórias concisas e curtas, é uma boa opção.

Almeida Garrett

Almeida Garrett foi-me apresentado nas aulas de português no 11ºano. Enquanto a professora se perdia com as caracteristicas do Romantismo presentes na sua poesia, eu tratava de perceber os poemas, coisa que ela não parecia preocupada em saber. Ao mesmo tempo que os meus colegas bocejam por terem de estudar Garrett, eu batia palmas de contente. Li todos os poemas que o livro tinha. No ano seguinte, estudamos Frei Luís de Sousa, mas não apreciei tanto, mas aos 17 anos a vida não é feita de tragédias e sim de alegrias.
Por minha própria iniciativa li As Viagens na minha Terra que me fascinou, encantou e fez rir, quando Garrett decidi contar os frades que tinha colocado na sua obra. Alguém um dia me disse que apenas lera a estória de Carlos e Joaninha. O problema é que Garrett tem um certo espírito, um certo modo de ver as coisas que passa para o papel e é aí que residi o encanto deste livro mais do que na estória de amor. Gostos não se discutem.
Neste momento leio os seus poemas, um por dia, a poesia dever ser lida assim, um poema em cada dia e não de empreitada. Eu, às vezes, não leio o poema do dia mas também a minha vida não é só ler e não é só ler este livro.
Há muito que ambicionava ler todos os seus poemas, mas não encontrava uma edição das Flores sem Fruto, apenas das Folhas Caídas. Finalmente a Porto Editora lembrou-se de publicar ambas as obras um só livro e a um preço acessível.
Ainda tenho para ler o Arco de Santa Ana e gostaria de ler as famosas cartas à Viscondessa da Luz, a musa de muitos dos seus poemas.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Anjo És

Anjo és tu, que esse poder
Jamais o teve mulher,
Jamais o há-de ter em mim.
Anjo és, que me domina
Teu ser o meu ser sem fim;
Minha razão insolente
Ao teu capricho se inclina,
E minha alma forte, ardente,
Que nenhum jugo respeita,
Covardemente sujeita
Anda humilde a teu poder.
Anjo és tu, não és mulher.
Anjo és. Mas que anjo és tu?
Em tua fronte anuviada
Não vejo a c'roa nevada
Das alvas rosas do céu.
Em teu seio ardente e nu
Não vejo ondear o véu
Com que o sôfrego pudor
Vela os mistérios d'amor.
Teus olhos têm negra a cor,
Cor de noite sem estrela;
A chama é vivaz e é bela,
Mas luz não têm. - Que anjo és tu?
Em nome de quem vieste?
Paz ou guerra me trouxeste
De Jeová ou Belzebu?
Não respondes - e em teus braços
Com frenéticos abraços
Me tens apertado, estreito!...
Isto que me cai no peito
Que foi?... - Lágrima? - Escaldou-me...
Queima, abrasa, ulcera... Dou-me,
Dou-me a ti, anjo maldito,
Que este ardor que me devora
É já fogo de precito,
Fogo eterno, que em má hora
Trouxeste de lá... De donde?
Em que mistérios se esconde
Teu fatal, estranho ser!
Anjo és tu ou és mulher?

Almeida Garrett


(sempre achei o último verso uma provocação deliciosa)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo que você é; ou, mais corretamente, de ser amado apesar daquilo que você é.

Victor Hugo

terça-feira, 16 de junho de 2009

O Planeta dos Macacos - Tim Burton

Há muitos anos vi um filme chamado "Planet of the Apes" ( o Homem que veio do futuro) fiquei absolutamente fascinada com a ideia dos macacos dominarem o mundo e nas semanas seguintes fui seguindo a saga desta extraordinária aventura.
Na altura era demasiado jovem para perceber o verdadeiro sentido de tudo aquilo, mas a saga deixou uma boa impressão. Só muito recentemente e graças ao blog Estante de Livros, é que descobri que tudo tinha origem num livro escrito por Pierre Boulle, não é necessário dizer que tenho vontade de o ler.
No domingo passado a RTP exibiu o remake do primeiro filme, O Planeta dos Macacos, e a partir do momento em que os humanos são capturados pelos macacos percebi o porquê de tanto fascinio.
Não sei até que ponto este filme ou o original são fiéis ao livro que lhe está na origem, mas toda a crítica que percebi existir pelo opinião publicada no Blog Estante de Livros, está lá. Os humanos são escravos e são tratados da mesma forma que os negros eram no tempo da escratura. Os macacos acreditam que os humanos não tem alma, inteligência ou qualquer coisa de extraordinário. O mesmo diziam os brancos dos negros no tempo da escravatura.
Curioso é também a forma como os macacos afirmam serem diferentes dos simios, não é assim na nossa sociedade? Alguns povos/raças consideram-se diferentes, quero dizer superiores?
Existe no ser humano uma capacidade enorme para criar, reparem como passamos de carroças puxadas por cavalos aos carros, mas ainda parece subsistir um ódio, um desejo de vingança, uma superioridade que nunca será comprovada e claro o desejo de aniquilar o outro.
A nossa sociedade está cada vez mais multicultural no entanto está cada vez mais racista. Como dizia alguém num blog, as pessoas temem o que é diferente a daí nasce o racismo e claro é sempre engraçado gozar com os os pretos, os chineses, os russos, os gordos, os magros, os feios, os altos, os baixos, os que usam óculos, os que têm deficiências, etc, etc.
Tudo isto faz-nos pensar em tudo o que Pierre Boulle quis dizer ao escrever o livro.
Mas falando do filme e da sua história.
O Planeta dos Macacos começa numa estação espacial, onde os macacos estão a ser treinados para pilotarem naves para explorar o Universo; um deles, Pericles, perde-se numa tempestade magnética, o Capitão Leo Davidson (Mark Wahlberg) parte para tentar salvar Pericles. Leo acaba por ser também ele apanhado na tempestade e aterra num estranho lugar os macacos governam e os humanos são escravizados.

sábado, 13 de junho de 2009

Data Especial

Hoje, assinala-se o nascimento de dois grandes poetas e a morte de um grande cantor.
Assim o post de hoje é inteiramente dedicado a eles.

Além de Santo António, hoje nasceu também o maior poeta da nação, Fernando Pessoa. Aqui fica o poema Autopsicografia, mais uma vez dito pelo João Villaret.




E se em Portugal festejamos o nascimento de Pessoa, na Irlanda celebra-se o de William Butler Yeats. Aqui fica o When you are old um dos meus favoritos.



Por fim, Portugal lamenta o desaparecimento de alguém que marcou a música portuguesa: António Variações.

terça-feira, 9 de junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Across the Universe - Julie Taymor

Há quem não goste de musicais, queixam-se daquela cantoria incessante por parte dos actores. Eu pertenço aquela minoria que gosta, embora obviamente não goste de alguns.
Num musical, os sentimentos, ideias, planos para o futuro são expressos a cantar, havendo muito pouco diálogo. Tendo em conta isto pensei, como será possível agarrar nas músicas de um dos melhores grupos de sempre, The Beatles, e fazer um filme? O que é certo é que se fez e o resultado, na minha modesta opinião é excelente. O melhor elogio que posso fazer ao filme é este: se nunca tivesse ouvido as músicas deles acreditava que tinham sido criadas para o filme.
Across the Universe, conta-nos a história de Jude, um rapaz de Liverpool, que trabalha na construção de navios. Jude nunca conheceu o pai e por isso mesmo um dia parte para terras do Tio Sam à procura dele. Passado nos anos 60 o filme é também um fresco dos acontecimentos da época, como por exemplo a guerra do Vietnam.
Todas as personagens tem nomes que aparecem nas músicas dos The Beatles. Além disso tem a particularidade de ter dois conhecidos músicos a fazerem uns cameos.
Aqui fica o trailer:

sábado, 6 de junho de 2009

A Gárgula de Andrew Davidson

O título deste livro remeteu-me de imediato para um dos episódios da série Ficheiros Secretos, da qual sou fã incondicional.
Não foi isso que me fez comprar o livro. Num fórum, onde participo, um dos membros mencionou este livro.
As palavras dela são mais ou menos aquelas que encontramos na sipnose: um homem sofre um acidente de automóvel, ficando gravemente queimado. Durante o tempo que está no hospital conhece Marianne Engel que lhe conta que eles se conheceram na Alemanha Medieval. Mais tarde, o narrador descobre que Marianne é doente da ala psiquiátrica do hospital.
Foram estas as palavras que me intrigaram e despertaram o interesse em ler o livro.
Além da suposta história da sua vida, Marianne conta também outras estórias passadas em épocas diferentes.
À medida que a acção vai decorrendo, fui levada por um labirinto de estórias que me foram encantado e ao mesmo tempo apaixonando.
Penso que o narrador também se sente assim, intrigado e ao mesmo tempo ansioso por mais. Afinal será Marianne realmente louca? Ou há verdade naquilo que conta?

Este livro marca a estreia literária de Andrew Davidson, um excelente começo de uma carreira que espero que continue.

Memórias

A nossa memória funciona de uma forma curiosa. Quando era pequena vi uns desenhos animados, dos quais não me lembro absolutamente nada. Mas a música que acompanhava esses mesmos desenhos animados nunca me saiu da cabeça, nem sei bem porquê. Penso que estará relacionado com o facto de gostar da língua italiana. :) Graças ao Youtube consegui descobri-la.

Fica aqui a música. Os desenhos chamavam-se A Minha Amiga Licia.


quarta-feira, 3 de junho de 2009

Publicidade ao contrário

É bastante comum publicitarem livros usando referências a outros. Mas geralmente a coisa é feita respeitando a ordem de publicação dos livros, ou seja, se um livro que é publicado agora geralmente é associado a outro mais antigo.
A Harper Collins mudou as regras do jogo e usou um livro recente para publicitar outro com quase 200 anos. No site pode-se ler o seguinte:


One of the greatest love stories ever told, beautifully repackaged for a modern teen audienceLove the Twilight books? Then you'll adore Wuthering Heights, one of the greatest love stories ever told. Cathy and Heathcliff, childhood friends, are cruelly separated by class, fate and the actions of others. But uniting them is something even stronger: an all-consuming passion that sweeps away everything that comes between them. Even death… "My love for Heathcliff resembles the eternal rocks," said Cathy. "I am Heathcliff."


Vi isto no Brontëblog ( ver link ao lado) e só tive vontade de me rir, pelo caricato da situação. Ainda não tive oportunidade de ler o "Wuthering Heights" ( O Monte dos Vendavais) da Emily Brontë, apenas vi a adaptação com o Ralph Fiennes e a Juliette Binoche. Contudo, já li diversos comentários sobre a personagem do Monte dos Vendavais, o Heatchcliff e sei que o rapaz não é flor que se cheire, o que leva muita gente a não gostar dele. Pelo que percebi pelo filme, o coração dele é alimentado por sentimentos negativos.
Por isso, penso que dificilmente as fãs de Edward Cullen, irão gostar dele, o Edward é um vampiro, mas como não mata humanos, acaba por ser bom rapaz, quero dizer bom vampiro.
As Irmãs Brontë criaram alguns dos mais importantes heróis românticos da literatura Inglesa. Os livros gozam de muita popularidade e claro qualidade, basta ver que estão constantemente a ser adaptados ao cinema e televisão.
Por isso não vejo necessidade de usar um livro, muito mau na minha modesta opinião, para promover um livro que é intemporal e um clássico da literatura mundial.


terça-feira, 2 de junho de 2009

Feira do Livro do Porto

Confesso que espero a feira do livro com a mesma ansiedade que algumas pessoas esperam a época dos saldos. Quando lá entro sinto-me como uma criança numa loja de brinquedos, tal é o encanto e satisfação que aquilo me dá.
Ontem, fiz a minha habitual visita. Fiquei bastante desiludida com este novo espaço. Reconheço que a tenda mais o pavilhão Rosa Mota no Palácio tinham os seus defeitos, mas acho que aqui existem muitos mais.
Como se sabe a Avenida dos Aliados tem muito trânsito, a qualquer hora do dia. Imaginem então o barulho que todos aqueles carrinhos fazem, tornando impossível ouvir a música que saem das colunas. Eu calculo que houvesse música, como havia no Palácio, na realidade nem ouvi.
Qualquer fanático de livros gosta de ver todos os pavilhões com a devida atenção. Antigamente, podia-se ir por um corredor e ir espreitando cada bancada de ambos os lados, agora issso é quase impossivel dado o alinhamento das bancas. além de não ser muitas vezes perceptivel qual a editora. Como é sabido na feira é preciso saber as editoras para se acharem os livros.
A praça Leya em vez de estar num dos topos da feira, mais junto à Câmara ou Praça Almeida Garrett, está quase no fim desta última, o que me pareceu desadequado, tendo em conta que no centro tem as caixas. E se calhamos de pegar num livro e nos esquecemos de pagar?!
Os únicos pontos positivos são mesmo o horário e a presença de alfarrabistas.
Confesso que não tenho vontade nenhuma de lá voltar...