sábado, 20 de junho de 2009

Almeida Garrett

Almeida Garrett foi-me apresentado nas aulas de português no 11ºano. Enquanto a professora se perdia com as caracteristicas do Romantismo presentes na sua poesia, eu tratava de perceber os poemas, coisa que ela não parecia preocupada em saber. Ao mesmo tempo que os meus colegas bocejam por terem de estudar Garrett, eu batia palmas de contente. Li todos os poemas que o livro tinha. No ano seguinte, estudamos Frei Luís de Sousa, mas não apreciei tanto, mas aos 17 anos a vida não é feita de tragédias e sim de alegrias.
Por minha própria iniciativa li As Viagens na minha Terra que me fascinou, encantou e fez rir, quando Garrett decidi contar os frades que tinha colocado na sua obra. Alguém um dia me disse que apenas lera a estória de Carlos e Joaninha. O problema é que Garrett tem um certo espírito, um certo modo de ver as coisas que passa para o papel e é aí que residi o encanto deste livro mais do que na estória de amor. Gostos não se discutem.
Neste momento leio os seus poemas, um por dia, a poesia dever ser lida assim, um poema em cada dia e não de empreitada. Eu, às vezes, não leio o poema do dia mas também a minha vida não é só ler e não é só ler este livro.
Há muito que ambicionava ler todos os seus poemas, mas não encontrava uma edição das Flores sem Fruto, apenas das Folhas Caídas. Finalmente a Porto Editora lembrou-se de publicar ambas as obras um só livro e a um preço acessível.
Ainda tenho para ler o Arco de Santa Ana e gostaria de ler as famosas cartas à Viscondessa da Luz, a musa de muitos dos seus poemas.

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