domingo, 3 de junho de 2012

hoje de manhã ao passar os olhos pelo feed de noticias do Facebook tive um ataque de riso para a seguir ficar incrédula com o que lia. O que aconteceu foi simples como rapariga que se dedica a fazer bijutaria sigo via facebook vários ateliers/lojas que oferecem workshops do chamado artesanato urbano. Um desses está neste momento a oferecer aulas de costura, algo que tem ganhado terreno não só por aqueles que querem fazer carteiras, bolsas para óculos, porta-moedas, entre outras, mas também para quem quer aprender a fazer uma bainha ou algo assim. 
No anúncio diziam algo como olá amigAs e isto ofendeu os homens que leram!!! Ridículo, simplesmente ridículo. Então decidiram dizer que os homens também se podiam inscrever.
É verdade que existe discriminação de género para ambos os lados, mas isto não é algo que encaixe na dita discriminação. Quem está neste ramo sabe que a maiorias das pessoas que fazem colares, bolsinhas, enfeitam caixas e pintam bonecas são mulheres basta ir a um fórum e ver, basta tão simplesmente ver uma feira de artesanato urbano. Mesmo no artesanato mais tradicional predominam as mulheres ou conhecem muitos homens que façam arraiolos ou renda de bilros?
Não quer com isto dizer que não existam homens nestas áreas, mas são minorias. 
No blogue Jane Austen Portugal a maioria das pessoas que nos lêem são mulheres, sei que existem homens mas o número é insignificante, por isso nenhum se pode sentir ofendido quando dizemos: pedimos às nossAs leitorAs que... da mesma maneira que eu não me possa sentir ofendida se num blogue sobre carros, assunto que tem um publico maioritariamente masculino se eles disserem, caros leitorEs ou algo assim.
Há discriminação e esta deve ser erradica, em sonhos porque na realidade dificilmente acontece, mas as pessoas devem entender que há situações que sabemos estar a falar para uma maioria feminina ou masculina e daí se não fazemos parte dela não devemos achar que há discriminação, preconceito ou o diabo a quatro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu por acaso tenho vindo a falar no meu canto sobre as discriminações ao contrário (que não têm destaque em lado nenhum, porque é coisa que não vende) e esta semana tenho já dois posts agendados sobre casos desses, um dos quais envolve a costura, que mesmo sendo coisa que não me interessa minimamente, merece ser falada, ainda que noutra perspectiva.
Pior que a discriminação evidente, como essa em que a pessoa se dirige somente ao seu género, é a inconsciente, a que não fala mas que se sente e que existe em ambos os géneros. Essa é que é difícil de travar.

Naturalmente que existem assuntos que despertarão sempre mais interesse às mulheres e outros aos homens, pelo menos à generalidade, e sobre isso ainda há dias li um artigo interessante no Diário Economico que consulto diariamente para poder falar num outro blogue que nao está no meu perfil (que nada tem haver com os Ecos) em que o director do Jornal, que é contra a discriminação, criticava o facto de praticamente 90% das visitas do jornal online serem feitas por homens e menos de 10% de mulheres.

Nesta altura falar de economia é falar sobre o Euro, a crise financeira, as empresas, os bailouts, perspectivas e soluções etc e devido a esta discrepância de género nas consultas ao jornal, ele terminava inteligentemente com esta pergunta "Será que a economia e a crise só estão a afectar os homens?"