sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O Paciente Inglês de Michael Ondaatje

A Segunda Guerra Mundial é um dos acontecimentos mais importantes do século passado ou mesmo o mais importante. Ao longo dos tempos tem servido como base para livros e filmes. Uns inspirados em factos verídicos ou pessoas que existiram, outros são fruto da imaginação de quem escreve.
 
O Paciente Inglês era um livro que tinha para ler há muito tempo. Foi um filme que vi, vários anos depois de ter saído, e que gostei bastante. Contudo, os anos foram passando e as memórias do filme foram-se tornando vagas, difusas. Por isso ler foi um quase redescobrir da história.
 
Este ano tem sido ingrato para mim em termos de leitura pois poucos foram os livros de que gostei e que me entusiasmaram mesmo. Este livro podia ter entrado numa lista de livros a reler, mas entrou na lista de livros a não voltar a ler. Achei o livro um bocado chato, eu não me importo de descrições mas pareceu-me exagerado e minucioso em demasia...
 
Além disso os personagens não me entusiasmaram, não consegui sentir empatia por eles. Quanto ao romance que tanto dá que falar, pois também não me entusiasmou. E quem me lê sabe que eu aprecio uma boa história de amor. Mas achei que a Katherine era uma mulher que não sabia o que queria, casou sem estar apaixonada e aborrecida com a vida de casada começa um affair com o Almazy. Já ele não me pareceu estar particularmente apaixonado por ela. No fundo, eu vejo-os como duas pessoas que não sabem amar e por consequência não se podem amar uma à outra.
 
Cheguei ao fim a pensar porque é que gostei do filme. Fui ler o que escrevi neste blogue quando vi. Relendo penso naquela situação de ter fome e comer algo intragável. A fome é saciada mas numa situação normal não suportaríamos comer aquilo. Não quero com isto dizer que o livro e o filme são maus, apenas que, como tantas outras coisas, que há por ai não são para mim ou como dizem os ingleses: not my cup of tea.

 

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