sábado, 20 de abril de 2013

foi na quarta ou na quinta-feira passada que vi num blogue que a Caixa Geral de Depósitos iria oferecer livros da Saída de Emergência aos seus clientes no próximo dia 23, dia do livro. Embora não seja cliente deste banco e o catalogo da Saída de Emergência não seja o mais atractivo para mim que não gosto de fantasia, gostei muito desta iniciativa. Estava até a pensar pedir ao irmão que fosse lá e trouxesse um livro, afinal ele não gosta de ler e eu até quero ler os livros do George Martin e tenho alguma curiosidade em ler os da Charlene Harris. Na noticia que li não dizia se os livros podiam ser escolhidos ou se cada agência teria um determinado numero de livros de um autor, por isso ia pedir ao meu irmão para apenas trazer se fossem destes autores que mencionei e assim deixar os livros que não me atraem para quem os quer efectivamente ler.
Ontem fiquei espantada quando li que afinal já não se ia realizar esta iniciativa porque a Caixa Geral de Depósitos considera que há nos livros linguagem que pode ofender a sensibilidade dos seus clientes e assim denegrir a imagem do banco.
Não são os motivos alegados pela Caixa Geral de Depósitos que me chocam, mas sim a incompetência que eles demonstraram, não sei se a Saída de Emergência foi contactada para aderir a uma iniciativa assim, o mais certo é ter sido a Saída de Emergência a tomar a iniciativa, talvez tenham contactado outros bancos que não quiseram ou não puderam fazer uma parceria.
Partindo do principio que a ideia saiu da Saída de Emergência, eu penso, pela lógica, pelo bom senso, que se fosse contactada por uma editora para uma iniciativa do género, primeiro tentava entender quem era  a editora, que tipo de livros publicava e se esses mesmos livros seriam os mais indicados para os meus clientes, só depois tomaria uma decisão. Parece-me um erro muito grave primeiro pelas alegações feitas, já não vivemos nos tempos da censura e quem gosta de ler e quer ler sabe mais ou menos de que falam os livros, depois podiam sempre eliminar alguns livros que no entender deles fossem chocantes e continuar com a iniciativa, dar para trás quando a iniciativa já tinha sido anunciada, já muitos pensavam em usufruir dela é denegrir a própria imagem, precisamente aquilo que queriam evitar. Sendo tão em cima da hora, a Saída de Emergência não tem nenhuma forma de contornar o assunto e quem fica a perder são os leitores.

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