Já foi há alguns anos que vi o filme que adapta este livro. Na altura fiquei intrigada e fascinada pelo mundo das Gueixas. Não sou daquelas pessoas fascinadas pelo Japão. O que eu mais gosto são os desenhos animados, vulgarmente conhecidos por anime. E mesmo esses são mais os da minha infância que eu aprecio. Embora tenho de reconhecer prefiro mais animação japonesa do que os filmes da Disney.
Portanto eu não conhecia muito das Gueixas e o filme deu-me a conhecer e ao mesmo tempo a perceber o que eram. Na minha concepção do mundo não faziam sentido. Para que se sentava um homem a beber chá com uma mulher que é está ali para o entreter? Porque não ir antes beber saqué com a esposa? A verdade é que as gueixas são algo exótico, algo fascinante e naquele mundo os homens flirtam com elas, muitas vezes tornam-se seus amantes...
No fundo, o que um homem procura numa gueixa não é sexo, mas sim a sua companhia. O estar disposto a ouvir, a falar de parvoíces, esquecendo um dia de trabalho.
A determinada altura, uma gueixa diz: não nos tornamos gueixas porque queremos que as nossas vidas sejam felizes, tornamos-nos gueixas porque não temos alternativa. E é esta a realidade.
Uma gueixa é uma mulher como as outras, com sonhos, desejos e tudo o resto.
É pela voz de Sayuri que vamos conhecendo este mundo, ao mais pequeno pormenor, enquanto vai nos narrando a sua história. Este é um livro fascinante que cativa desde o inicio. Sim eu já conhecia a história, mas queria sempre saber o que vinha a seguir, talvez porque este seja um mundo verdadeiramente fascinante.