segunda-feira, 4 de abril de 2016

Somos inamoraveis???

Este artigo do Observador, fala sobre as relações nos dias de hoje.
O que eu acho é mais simples do que é falado no artigo. Em primeiro lugar há pessoas que não querem assumir um compromisso. São pessoas que preferem andar de flor em flor; às vezes porque têm o coração partido e outras porque gostam mesmo disso.
Todas as outras são apenas seres humanos com falhas, defeitos, virtudes, etc, etc. Apaixonarmos-nos por alguém é relativamente fácil, mas nem sempre conseguimos aceitar tudo aquilo que a pessoa tem de bom e de mau. Depois não é só isso. Há pessoas que começam relações pouco depois de conhecerem a outra pessoa, não dando tempo para se conhecer, há uma atracção mas não passa dai... E claro a relação acaba.
Depois há a terceira parte: objectivos de vida e vontades diferentes, um quer ter filhos, o outro quer ter uma carreira, um já tem filhos e quer uma relação, mas algo que seja apenas namorar, nunca implicando um dia ir viver juntos...
 
No fundo, há muitas coisas e muitas realidade diferentes, mas não acho que falar de amor seja tabu. No artigo falam em homens que procuram apenas sexo, homens desses sempre existiram, com a diferença que na época dos nossos avós eles casavam e depois do casamento eram habitués em casas de prostituição. Por isso eu não acho que as coisas sejam assim tão diferentes como fala o artigo. O que hoje existe é uma maior possibilidade de escolha e logo aí há de erro. Quantos das mulheres da geração dos nossos avós teriam ficado casadas se lhes fosse dado a hipótese de escolher?

2 comentários:

Pulha Garcia disse...

Não acho que ninguém seja inamorável. Nem concordo necessariamente que o problema seja excesso de escolhas. Acho mais que o problema está na impaciência em construir, em manter, progredir procurando novos pontos de interesse, físicos, intelectuais, viagens, etc. Pegue-se por exemplo na sexualidade. A sexualidade, na minha opinião, é um caminho a dois, passa por várias fases e quase sempre melhora com o tempo e com o investimento (não confundir com investidas ... era a resposta certa?). A questão é que muitas vezes nos tempos que correm não há tempo para construir uma melhor sexualidade, que está directamente ligada a uma melhor intimidade. Todas as relações longas e de valor pressupõem uma boa intimidade. Em resumo, acho que o problema maior está na forma como fazemos as coisas, na maneira como interagimos na sociedade, não só no amor como nas amizades, relações de trabalho, etc. Sou o primeiro a fazer mea culpa, todos em geral temos muito a melhorar.

Madrigal disse...

Pulha, concordo contigo. Nos dias de hoje a maioria das pessoas começam uma relação hoje e querem já amanha ter a certeza que vai ser para sempre. Muitas vezes à mínima contrariedade acabam a relação.
Há coisa de um ano, uma amiga minha começou uma relação e pouco depois perguntava-me, se face a umas coisas que tinham acontecido valeria a pena continuar. Eu só lhe dizia que ela ainda estava a conhecer o rapaz e os dois estavam a habituar-se um ao outro. Ela dizia muitas vezes que preferia acabar a continuar e depois ver que tinha andado a perder tempo. A relação ainda perdura, mas o que é certo é que podia ter ficado pelo caminho.
Como ela há muita gente é preciso paciência e dar tempo para as coisas andarem, mas muita gente não age assim...