sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Popota e a Leopoldina


Como já disse algumas vezes aqui, gosto de séries e filmes de época. O mercado português e o americano têm uma oferta diminuta destes produtos. Mas em terras de Sua Majestade, todos os anos fazem séries deste género. Regra geral são adaptações dos grandes clássicos da Literatura Inglesa.
Olhando todas as séries que já vi como um todo e não individualmente, eu diria que encontramos retratados dois tipos de mulheres: a que pensa apenas em beleza e em ser bonita, tendo uma aura fútil, e que vê nisso a forma de arranjar marido e aquelas que têm uma maneira de ser que difere da maioria das mulheres e que não se inibem de opinar sobre tudo, nas séries, eles dizem que essas têm espírito...
Toda a gente sabe que o Modelo e Continente, são primos ( eu sei que em Econonia existe um termo para isto). Nas suas campanhas de Natal têm duas heroínas, a Popota e a Leopoldina. Geralmente são as mulheres que decidem as compras, até já ouvi dizer que em stands de automóveis, nunca contratam mulheres demasiado bonitas, precisamente, por este motivo. Assim, os homens vão lá escolhem, mas quem decide é a esposa.
Não é preciso perceber muito para ver que a maioria dos anúncios publicitários é dirigido às mulheres precisamente porque na hora H são elas que compram.
Mas o que tem a ver a Popota e a Leopoldina com a forma como retratam as mulheres nas séries de época?
Simples, a campanha é dirigida às mulheres e por isso criaram dois tipos de mulheres: a Popota corresponde aquela que é bonita, pensa na beleza e tem um ar fútil. Reparem como a roupa que veste é sempre fashion e na campanha do ano passado usavam o Toni Carreira ( esse grande ídolo feminino) e filmes que eram na sua maioria, preferidos pelo público feminino.
Se olharem a Leopoldina, ela encaixa mais no perfil da mulher que tem interesses, basta olhar o quadro de mérito na parede.
Claro que dividir as mulheres em dois grupos é esteriotipá-las até porque muitas mulheres preocupam-se com aquilo que vestem, mas não são necessariamente fúteis. Afinal, pergunto eu: a sociedade em geral ainda pensa assim? Ou são os publicitários que pensam? Ou será que sou eu que tiro conclusões erradas?

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