segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Thomas Hardy - o deprimido ou o realista?

Ainda não tive oportunidade de ler o Thomas Hardy, mas graça à rádio e a televisão já ouvi/vi várias adaptações dos seus livros.
Geralmente, quando se fala em Thomas Hardy, os ingleses trocem o nariz apelidando-o, de deprimido, pessimista e justificando a vida que levou para as estórias que contou nos livros que escreveu.
Pessoalmente, não vejo nele um pessimista, vejo alguém que conseguiu retratar com bastante rigor as normas sociais da época em que viveu. Os livros dele têm finais pouco felizes ao contrário do Dickens ( que também só conheço de adaptações) que nos brinda sempre com o Happy Ending embora também critique a sua época.
Cada um tem os seus gostos, mas parece que esta rejeição ao Hardy nasce de uma ideia romantizada da vida e da literatura em que só sabe bem se o final for feliz.
Pessoalmente não gosto de finais felizes ou finais infelizes, gosto sim de finais justos e realistas. Isto aplica-se tanto a filmes como livros. Claro que alguns, como têm o sabor Conto de Fadas, nunca poderão ser realistas, mas quando falamos da realidade, o melhor final é aquele, do qual pudemos dizer: se isto fosse realidade era assim que acontecia...

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