sábado, 12 de setembro de 2015

a velha questao dos gostos

Há quem diga que os gostos não se discutem, há quem diga que os gostos se educam. Pois eu sempre achei que os gostos se aceitavam. Claro que uma conversa flui melhor se tiver por base um tema que ambos dominem ou gostem. Dá sempre mais sumo e horas de paleio.
Mas conhecer alguém com gostos diferentes do nosso pode nos abrir as portas para um novo mundo. Há uns anos travei conhecimento com uma rapariga que gostava de Heavy Metal. Palavra puxa palavra disse-lhe que gostava de Gun's Roses e ela achou estranho. Talvez porque não tenho pinta de quem gosta. Mas a verdade é que gosto e não é porque foram uma banda que marcou a minha adolescência, tem várias musicas das quais gosto genuinamente, falo das baladas. Ela mostrou-me algumas baladas de bandas de heavy metal e ouve uma que eu gostei e que ouço ainda hoje com alguma frequência.
Claro que os gostos tem o outro lado da moeda, quando alguém diz que gosta muito de uma coisa e é precisamente aquela coisa que nós não gostamos. Eu quando penso nisso penso sempre no filme o Amor é um lugar estranho, esse filme que encantou toda a minha geração, menos a mim. Talvez não seja um bom exemplo até porque todos os filmes que vi da menina Sofia Copola nenhum me entusiasmou. Ainda não vi as virgens suicidas. Por isso aqui admito que há qualquer coisa que não funciona para mim nos filmes dela. Claro que conhecer um entusiasta de algo que não gostamos pode ser um pouco desanimador. Mas aqui entra a minha filosofia que os gostos de aceitam e lá porque eu não gosto não quer dizer que outros tem também de não gostar.

Nenhum comentário: