domingo, 6 de setembro de 2015

Black Sails e os piratas inteligentes

Black Sails não entraria na minha lista de séries a ver, mas acontece que é protagonizada pelo Toby Stephens e sendo ele o meu actor favorito ( divide o pódio com o Kim Rossi Stuart) tinha que ver é claro.
Não esperava mais que uma série de acção e aventura, o género de série que se vê no fim do dia para descansar os olhos e o corpo. Acontece que a série é muito melhor do que eu esperava e no Flint, personagem do Toby, temos um homem complexo que temos vindo a decifrar ao longo das duas temporadas que a série já tem.
Quem acompanha a série sabe que no fim da primeira temporada, o Capitão Flint estava em maus lençóis. As suas acções levaram-no a ficar entre a espada e a parede e inclusive a perder a capitania do seu navio.
Sem querer spoilar quem ainda não tem a série em dia, direi apenas que nesta segunda temporada Flint rapidamente recupera tudo. Quando via pensava que a inteligência e a capacidade do personagem eram espantosas e por isso ele volta facilmente à mó de cima. Pensei que os piratas que chegavam a capitães de navios eram muito inteligentes, astutos e não é a toa que acumularam fortunas fabulosas e fama duradoura.
Há uns meses soube que uma empresa que conheço tinha sido vitima de burla. Fiquei muito chocada até porque conheço quem faz os pagamentos e nunca pensei que essa pessoa pudesse ser enganada. O esquema foi muito bem feito e por isso mesmo a vigarice aconteceu.
O ser humano é fascinante na forma como interage e como usa as suas capacidades. Neste caso tal como nos piratas dos tempos do Black Sails a inteligência e capacidade não foi usada para o bem. Claro que ser inteligente não é sinonimo de ser boa pessoa ou honesto. Mas não deixa de ser interessante vermos que alguém tem a inteligência para criar uma burla e essa mesma inteligência não lhe dá a inibição para não ir para a frente, pois pode ser apanhado.
Entendo que possa haver um desafio mas uma coisa é o desafio de tentar entrar no sistema da empresa e eventualmente quebrá-lo. Mas a partir do momento em que se consegue a consciência devia pesar para que não se avance. Lá está ser inteligente não é sinónimo de ser bom. O que não faltam ao longo a história são exemplos em que a inteligência foi usada para o mal.


 


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