segunda-feira, 7 de setembro de 2015

As Primeiras Luzes da Manhã de Fabio Volo

O Fabio Volo não me foi recomendado por ninguém, nem sequer li uma opinião que me despertasse curiosidade. O Fabio Volo simplesmente apareceu um dia na minha caixa de email, era a publicidade ao seu livro A Caminho de Casa. O titulo intrigou-me e decidi ver. Achei a sinopse interessante. Pesquisei outros livros do autor e por fim pensei que se um dia o quisesse ler seria por este As Primeiras Luzes da Manha que ia começar, pois como sou mulher dou sempre preferência a livros protagonizados por mulheres.
 
Neste livro conhecemos Elena, uma mulher que vive um casamento que já viu melhores dias e que encontra num caso extraconjugal aquilo que o casamento devia lhe dar.
É a mais velha história do mundo e já a vimos muitas vezes. Daí que tive medo que daqui não saísse nada demais e estivesse perante mais um livro cheio de clichés e banalidades.
É certo que há alguns clichés, mas a nossa vida também os tem, não é? O que distingue este livro de outros com histórias semelhantes é a escrita de Volo. Não que ele seja poético, mas é honesto na forma como se exprime e cria diálogos bons e na medida certa. Actualmente, os escritores enchem os livros de diálogos, que faz com que muitos livros se assemelhem mais a guiões do que a livros.
Escrito na primeira pessoa e em forma de diário, este livro cria uma intimidade com o leitor muito grande. Lemos aquilo que Elena escreve é como se nos ouvíssemos a nós mesmas ou aquilo que lemos ou ouvimos por aí. É a tal honestidade, sem máscaras, sem rodeios. Tantas Elenas e Paolos que vemos de costas voltadas e incapazes de voltarem a ser um casal...
 
Devem ter reparado que citei este livro várias vezes aqui no blogue ao longo da leitura e muitas outras vezes tive vontade de o citar. Fabio Volo entra assim para aquela lista de autores que quero conhecer melhor.
 
 
 
Há uns dias, estava eu a pensar na minha vida e perguntei a mim mesma quantos homens foram precisos para que eu pudesse ficar pronta para o homem de hoje. Na verdade percebi que a pergunta estava errada: quantas mulheres tive eu de ser para estar pronta para o homem de hoje?
 
 
 
 
 

Nenhum comentário: