sexta-feira, 4 de março de 2011

Cinema Paraíso

Gosto de pensar neste filme como algo que foi feito para homenagear todos aqueles que amam o cinema, que um dia descobriram as imagens em movimento, que nos fazem rir, chorar, pensar e nos dão tantas outras emoções.
É um filme italiano e parece que aquela sala de cinema é bem parecida com muitas aqui em Portugal que já desapareceram ou resistem a desaparecer.
Os filmes italianos que já vi, com excepção de um que será mais comercial que os outros, são de uma simplicidade extrema nas estórias que contam, estórias que embora italianas, podiam passar-se aqui no nosso pequenito Portugal.
Cada vez que vejo este filme ponho-me a pensar nele, porque na simplicidade aparente da estória esconde-se algo complexo. A amizade de um homem feito com uma criança seria nos dias de hoje motivo para o filme causar impressão, principalmente lá pelas terras do Tio Sam, onde os bons costumes são estranhos, para não dizer bizarros.
Mas eu pessoalmente sempre vi a amizade como uma substituição, Totó é o filho que Alfredo não teve e Alfredo o pai que Totó não conheceu. Talvez por isso, tal como muitas vezes os pais tentam que os filhos realizem os seus sonhos, também Alfredo tenta isso com Totó, ele é que queria sair dali e não olhar para trás.
E agora que vi a versão sem cortes, ponho-me a pensar o porquê de terem cortado uma parte significativa referente à Elena. Há muitas cenas que se dispensavam, mas aquelas mesmo antes do final, deviam ter sido incluídas é que dá outra dimensão à estória e uma coisa que muita vezes em estórias como a de Totó e Elena não existe: desfecho...

4 comentários:

Anônimo disse...

Juntamente com os Condenados de Shawshank é o meu filme preferido de sempre, daqueles que surgem no cinema de 5 em 5 anos na melhor das hipóteses. A primeira vez que o vi ainda era puto e nunca mais me saiu da memória.
A versão sem cortes em que ele reencontra a Elena no final, também só a vi na Director's Cut do DVD que na altura comprei no Ebay de Inglatrerra. Também fiquei surpreendido por não a terem incluido no filme, mas tem uma explicação, aquilo não estava no guião, e foi incluida para o pessosl que gosta de finais felizes, embora nem fosse esse o caso.
De resto é uma obra perfeita a todos os níveis.

Madrigal disse...

não sabia que não estava no guião, mas pessoalmente acho que dá uma outra dimensão a toda a estória. Mas o não existir no "original" acaba por estar mais de acordo com a realidade.
eu lembro-me de ver ainda jovem lol e de tb ter gostado, embora como o filme dá poucas vezes na TV, acho que não cheguei a rever mts vezes, só com a edição em dvd é que comecei realmente apreciá-lo como ele merece.
Esse filme que falas nunca vi, mas se não estou em erro não é sobre uma fuga da prisão ou passa-se na prisão???

Anônimo disse...

Eu não ligo nada a estatísticas mas isto pode te dizer algo e neste caso eu concordo:

http://www.imdb.com/chart/top

É a melhor história de sempre sobre uma fuga para a liberdade. Tim Robbins e Morgan Freeman em grande.
Imperdível.

Madrigal disse...

vou ver se consigo "arranjar" :)