sexta-feira, 13 de maio de 2011

The Only One Available

se sou uma pessoa que lê, sou também uma que às vezes se põe a pensar naquilo que leu, mas não de uma forma global, e sim focando-me em certos detalhes. Talvez seja estranho, mas eu gosto de dissecar as coisas.
Pensando em Jane Eyre, por exemplo, a Jane apaixona-se pelo Rochester, mas se houvesse outro por perto isso seria assim? A Jane é a preceptora e passa grande parte do seu tempo em casa, não tem amigos e os criados de Thornfield não serão certamente pessoas que a atraíssem. Eu pesquisei e naquela altura a grande maioria deles nem sabia ler, e sendo uma preceptora ela estava acima deles. Então há o dono da casa, o Rochester e ela apaixona-se. Mas seria assim se houvesse outro homem na casa, alguém mais igual a ela?
Claro que isto não tira mérito ao livro e continuo a adorá-lo, mas é algo que não consigo deixar de pensar.
Outro exemplo, o filme a Lagoa Azul, se não estivessem apenas eles os dois na ilha teriam Emmeline e Richard se apaixonado ou é o facto de estarem sozinhos e sem mais ninguém que fomenta este amor?
No fundo e o que eu questiono com este exemplos é se na vida real também nós não nos apaixonamos por aqueles que parecem ser os únicos disponíveis e não por outro qualquer. Como se uma série de factores condicionassem a nossa escolha, ainda que ela seja irracional.
Se duas pessoas, sem qualquer tipo de relação e que não estivessem interessadas em ninguém fossem para um ilha deserta, apaixonar-se-iam? Será o convívio a melhor forma de fazer nascer o amor? Ou basta conhecermos alguém que o amor nasce?

2 comentários:

Anônimo disse...

Devo-te dizer que esse é o primeiro filme que me lembro de ter visto, teria eu uns 8 anos e a acompanhar as leendas com dificuldade:)

Em 2007 consegui o dvd no ebay em Londres. Comprei tb a sequela com a Milla Jojovich q era tão mais poposuda que a brooke shields, mas o filme é menor.

Tocaste num ponto interessante. Realmente era dificil elees nao se envolverem. Sendo da mesma idade e independentemente de terem crescido juntos eles nao sabem sequer a diferença entre irmão/amigo/conhecido, coisas que a sociedade ensina, assim sendo vao pelos instintos.

Eu nao sou muito adepto desse tipo de filme, mas alindo a história familiar, ás paisagens de paraíso, é um filme q me marcará para sempre :)

Madrigal disse...

eu não me lembro da idade que tinha qd vi o filme pela primeira vez... concordo que o segundo é pior, geralmente as sequelas ficam aquém do primeiro.