sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

will you marrrry me?

Não pensem que o meu inglês é mau, ao  lerem o título deste post. Era assim que a Yvette do Allo Allo perguntava ao René quando eles iam casar, ao que ele respondia que o casamento iria acontecer quando a guerra acabasse e os sinos da vítória ainda estivessem a tocar.
Era a forma que ele tinha de ir adiando a coisa, já que era casado e tinha ainda um caso com a outra criada...
Há dias via a edição do Dia dos Namorados do jornal "Metro" e ri-me com uma parte em que dizia que uma escapadela romântica podia ser a inspiração para uma proposta de casamento!
aqui disse o que penso sobre o assunto. Ao ler aquilo, fiz logo um filme, vão para Paris, como é sugerido, e mal chega lá o rapazito tem uma grande epifânia e decide pedir a rapariga em casamento. De manhã, enquanto ela dorme sai de fininho do quarto, vai à ourivesaria mais próxima, compra o anel, pede o pequeno almoço no quarto e coloca o anel no meio da comida...
Depois de ler a sugestão quem teve uma epifânia fui eu, e daí ter começado o post como comecei.
As mulheres que esperam um pedido de casamento no fundo não se querem casar, pois se quisessem iam ter com o rapaz e diziam: queres casar comigo? Ou mandavam uma sms: casar? ou diziam: ou casas comigo ou vai ver se está a nevar!!! Ou ainda: meu querido, não posso viver sem ti, vamos casar!!
Seja qual for a forma escolhida, o que é certo é que quem quer põe os pés ao caminho. E quem não o faz, e não têm constrangimentos de ordem económica ( desemprego, baixo salário) é porque o namorar ad eternum lhes sabe bem, aquela coisa de estar ali, sem ser uma coisa mesmo a sério e que se aparecer algo melhor, pode sempre ir à sua vida.
Em tempos conheci uma pessoa do sexo oposto, que tinha namorada há quatro anos, mas ainda não eram casados, ele vivia sozinho, logo podia manter uma casa, ela era professora e estava desterrada algures no nosso país, ele dizia não com todas as letras mas com as suficientes que ainda não tinha casado por causa disso. Se ele podia ter a sua casa, não era ter mais uma pessoa, que até tinha um salário, embora tivesse as despesas de deslocação, alimentação, no local onde trabalhava que ia fazer grande mossa no orçamento. No fundo, bem lá no fundo, ele gostava era do "não compromisso" da sua situação e ela estou em crer que também. Cada um tem a sua opinião e nada contra para quem gosta disso, mas é um bocado parvo estarem sempre a dizer: pois, porque a vida ainda não têm estabilidade para casarmos, etc, etc.  
No fundo, eles vão dizendo como o René: casamos assim que a guerra acabar enquanto os sinos da vitória ainda estiverem a tocar. :)


4 comentários:

Anônimo disse...

Tenho colegas de trabalho que pensam assim, especialmente as mulheres. Quando o assunto toca a filhos e casamentos, a primeira coisa que apontam para essa não concretização é "não tenho estabilidade económica nem profissional para isso". É algo que me soa logo a falso, porque nos casos que conheço até têm contratos sem termo. É mais a instabilidade pessoal e o não se saber o que quer independentemente da idade, algo que vai se tornando cada vez mais dramático à medida que a idade avança.

Madrigal disse...

eu no caso dos filhos até percebo que queiram mais estabilidade, se bem que nos dias de hoje isso começa a ser uma miragem, até porque um bebé dá mt despesa.

Anônimo disse...

A questão é que as dificuldades sempre existiram. No passado as pessoas tinham imensamente mais dificuldades de sobrevivência que hoje em dia e tinham filhos. Hoje ninguém passa fome, ninguém dorme na rua, a bem ou a mal as condições sociais, políticas, económicas e de justiça são bem melhores que as do passado, existe segurança social e por ai fora, mas todas as pessoas alegam a tal "instabilidade" para não dizerem que o que querem é conforto e bem estar e que não querem putos a lhes berrar nos ouvidos.
Há dias um colonista europeu falava na falência demográfica da Europa dizendo "O que o europeu quer é comer e dormir bem". E nem mais :)

Madrigal disse...

a minha mãe vem de uma familia grande são 11 irmãos, ela não passou fome, mas passou dificuldades. Por isso diz sempre que quis ter apenas dois filhos para que lhes pudesse dar mais.
e esta será a perspetiva de mt gente.
No entanto, o que dizes está mt certo, a maioria não quer e como a sociedade de certa forma espera isso, eles usam as desculpas para não dizerem a verdade.
Ao menos não são como uns quantos que os têm e depois nota-se que não têm nem "vocação" nem paciência para os miúdos e tentam impingi-los aos outros com uma rapidez que assusta.