Há uns meses  decidi comprar um Kindle, esse maravilhoso objeto tecnológico para ler livros, como muitos dos livros que quero ler já não têem direitos de autor, em formato e-book são grátis. Além disso a maioria não tem tradução para português. Será uma forma de poupar dinheiro, espaço e não só, aqueles livros que estou na dúvida se compro ou não também serão adquiridos via Kindle.

No entanto penso adquirir os da Anne of Green Gables em livro, e não via Kindle. Eu sei, que soa a parvoíce e só vou gastar dinheiro, mas sei que me dará um prazer enorme olhar para os livros na prateleira :)
Parte do prazer dos livros também passa por aí. Outro é ter livros em segunda mão, às vezes ponho-me a pensar quem teria sido o antigo dono. Eu sei, eu sei qualquer dia estou a atualizar o blogue a partir do Magalhães Lemos. :)

Mais um desafio no Jane Austen Portugal, desta vez iremos escrever uma espécie de conto, entre todas, uma começa e as outras têm de continuar quem quiser ler, por favor veja aqui. Vão visitando o blogue já que durante a semana há actualizações, como somos oito ou melhor nove, já que entrou mais uma para o grupo, durante nove semanas podem acompanhar este desafio que espero eu ser o primeiro de muitos!!

Aurea

Andava eu convencida que isto era dos Fingertips, no pós Zé Manel, mas enganei-me afinal ela chama-se Aurea e é simplesmente do melhor que apareceu no panorama musical português nos últimos tempos. Aqui fica a que eu mais gosto, parece mesmo uma música de um musical, eu já vos disse que adoro esse género? :)

Na última semana os noticiários tiveram o prato cheio com a noticia da agressão a uma jovem de 13 anos, o caso foi amplamente divulgado nos meios de comunicação e os detalhes melhor ou pior todos os conhecemos.

O mundo vai evoluindo e para nós que temos 30 anos ou mais, o mundo virtual entrou na nossa vida, na maioria dos casos, quando já tinhamos maturidade suficiente para distinguir o certo do errado. A questão é que miúdos mais novos já nasceram online e com um telemóvel na mão.

E nos úlitmos tempos as redes sociais vieram colocar ainda mais lume na grande fogueira que são os perigos na internet. As coisas são boas ou más, na grande maioria das vezes, conforme o uso que lhe damos. Para os miúdos é perfeitamente normal twitar que o gato anda atrás de uma mosca, para mim já não é assim e todos esses detalhes que no meu tempo eram contados no dia seguinte, agora estamos a saber quando está a acontecer.

No fundo, é perverso alguém filmar uma agressão e colocar no facebook, onde todos irão ver, mas para um jovem isso é normal, até porque os outros que não estavam lá têm de ver, porque se não for assim, podem sempre ser acusados de estarem a mentir. Talvez sirva ainda como aviso a quem estiver a pernsar meter-se com quem pratica aquele acto de maldade.

Nesta situação e dada a gravidade da mesma, o feitiço virou-se contra o feiticeiro e sem querer tomar partidos ainda bem que isso aconteceu, porque assim será certamente feita alguma justiça.

Mas percebam bem isto, aquilo é quase de certeza um acto impensado, e para os jovens normal, estou a falar de filmar e colocar no facebook.

Nos últimos anos e com o aparecimento das redes sociais, parece-me que toda a gente tem vontade de mostrar aquilo que faz perpetuando uma ideia de ter uma vida interessante... Possivelmente os psicologos saberão explicar tal fenómeno.

Eu costumo ir à feira do livro para ver/comprar livros, mas este ano estou tentada a ir por causa da foto abaixo. infelizmente e como o dinheiro não dá para tudo, os livros vão ficar pelo caminho :)

( foto retirada do facebook da Feira do Livro do Porto)

Homens de outros tempos

As inglesas e americanas, têm, por costume, um herói literário vindo diretamente da literatura clássica, entre os preferidos estão o Mr. Rochester e o Mr. Darcy, criações de Charlote Brontë e Jane Austen, respetivamente. Possivelmente, por causa dos filmes e séries da BBC ou então por um gosto mais aguçado pelos clássicos todas as mulheres terão um herói do qual gostam.

Até aqui tudo bem, é afinal é impossível encontrar um Darcy ou um Rochester, mas podemos sempre imaginar que se vivêssemos nestas alturas iríamos encontrar alguém assim, esquecendo por momentos que determinados traços de personalidade resultam no papel e não na vida real.

Contudo, começa a ser preocupante verificar a quantidade de livros que vão aparecendo de homens de outros tempos que saltam para o nosso tempo e conquistam mulheres. São os vampiros, são homens que atravessam espelhos mágicos, quadros, são desencantados através de feitiços, eu sei lá!

Só sei isto, não gosto desse tipo de enredo, a não ser que ande numa fase que me apeteça desanuviar ou a curiosidade leve a melhor. Só vos digo isto, se eu fosse gajo, escreveria às autoras dos livros em questão e perguntaria se acham que agora não existem homens, suficientemente bons para elas, se perderam toda a fé no sexo oposto e por isso precisam de ir desenterrar estes homens do passado.

e quem os vê assim no fim do segundo filme da trilogia "Anne of Green Gables" dificilmente suspeita que ela antes tinha partido uma lousa na cabeça dele. :) Que querem? A rapariga tinha personalidade, por isso gosto tanto dela e ele mereceu já que começou a chamá-la de cenourinha. :)

foto tirada daqui 

Starter for Ten

O livro Um dia causou-me uma boa impressão e por isso mesmo pus-me a pesquisar os trabalhos anteriores de David Nicholls, encontrei este filme que é uma adaptação de um livro seu e cujo o argumento foi escrito por ele.

A minha curiosidade foi ainda mais aguçada por o elenco estar cheio de caras minhas conhecidas, claro que são desconhecidas para um grande público, mas quem como eu vê muitos filmes e séries inglesas, acaba por conhecer mais ingleses do que americanos. :)
O filme passa-se num ambiente universitário e ao contrário de tantos outros do género não nos traz o típico geek que quer ser popular, mas sim um rapaz que desde pequeno ambiciona participar num daqueles concursos de perguntas, uma especie de campeonato entre as universidades. Brian apenas quer  ser inteligente e ter conhecimento, numa sociedade em que tantos procuram a fama, como modo de vida, cultivam a superficialidade das conversas, encontrar um rapaz que quer conhecimento é verdadeiramente refrescante. Ainda mais porque quem sabe e demonstra saber é muitas vezes apelidado de cromo e olhado de lado. Talvez porque uma narrativa assim não fazia sentido nos dias de hoje, o filme passa-se nos anos 80 ou talvez porque esses foram os anos que Nicholls andou na universidade. 

O filme não é nada do outro mundo, mas como disse tem um argumento refrescante, embora inevitavelmente caia em alguns lugares comuns.  

A Dra Brennan

Além de ser uma das minhas personagens favoritas, por diversos motivos, a Dra Brennan ainda usa sempre colares girissimos que dá imensa vontade de copiar.
( as minhas desculpas para quem esperava entrar aqui e encontrar algo com mais substância, mas às vezes também gosto de ser fútil :) )

Ir às putas

Desde que o mundo é mundo que existem prostitutas. Nos tempos mais remotos, eram consideradas um mal necessário, já que assim os homens satisfaziam os seus apetites carnais com elas e deixavam em paz as meninas de bem, que deviam casar virgens.

Os séculos foram passando e a revolução sexual foi acontecendo, contudo hoje em dia ainda existem prostitutas, umas na rua, outras em apartamentos, outras em bordéis. E os homens claro ainda recorrem a elas. É uma espécie de tradição masculina, ir às putas, e penso que todos já devem lá ter ido. Seja numa despedida de solteiro, num dia em que tiveram curiosidade, ou estando sem uma relação estável e cansados da Jenifer ( leia-se a mão amiga). É um comportamento que não crítico, talvez por achar que uma vez por entre outra, não virá daí mal ao mundo e não tendo namorada/esposa, não há uma traição.

Há uns tempos largos vi uma reportagem sobre as ditas acompanhantes de luxo, que recusam sempre serem chamadas de prostitutas já que oferecem além de sexo, companhia. Também não as critico, já que cada um sabe de si e se preferem exercer esta nobre profissão, isso é lá com elas. Embora, para mim elas sejam também prostitutas, mas a um nível mais elevado que que aquelas que andam na rua, talvez porque acredito que tenham mais educação ou cultura, ou cobrem mais caro.

O que retive da reportagem e que na altura me chocou foram os clientes, homens que recorriam habitualmente a estas mulheres, e chocou-me porque diziam coisas como:" isto não é só sexo, às vezes vamos jantar, apenas" " ela não espera que eu lhe ligue no dia seguinte" " eu já vi que ela até é inteligente, sabe conversar"

Estamos numa altura que as relações são cada vez mais efémeras e descartáveis, alguém que fala assim revela algum tipo de trauma, alguma inércia perante a vontade de ter alguém, até podem não querer, mas será emocionalmente saudável ter uma relação assim? Eu penso que não, até porque a prostituta está ali a fazer o seu trabalho e nada mais.

As pessoas e a Jane Austen

Talvez porque Jane Austen observou muito a sua sociedade, muitas das suas observações bem como situações criadas nos seus livros continuam a fazer sentido hoje, eu às vezes sinto-me um bocado como imagino que ela se devia sentir. Alguém que observava o que a rodeava e escrevia sobre isso, claro que ela o fez muito bem e eu faço-o muito mal.

Não deixa de ser interessante e até divertido. É verdade e é simples noto, por vezes os mesmos comportamentos nas pessoas que a Jane deve ter visto e mais tarde tratou de descrevê-los. Ainda noto a mesma adulação por certas opiniões, por exemplo em blogues, quando se diz que a carteira X é que é e vai-se a ver é só comentários a dizer sim, é giro. Noto que quando em grupo, as mulheres tendem a falar de coisas mais femininas e a conversa é bem mais variada quando há homens por perto. Raparigas namoradeiras há por aí aos montes, fascinadas por homens fardados também. A lista podia estender-se, mas fica-se por aqui.

Por brincadeira já disse aqui e a ali, geralmente guardei só para mim, que fulano ou sicrano me faz lembrar a personagem X ou Y de Jane, claro que não são papel químico do personagem em questão, mas têm características suficientes para eu dizer: aquele parece mesmo o Mr. Darcy ou a Elizabeth ou a Anne Elliot, numa lista sem fim de personagens austenianos.

Eu que já li alguns livros, em nenhum outro escritor encontrei personagens que facilmente identificasse no meu dia-a-dia e tendo em conta o tempo que já passou desde que Jane escreveu os seus livros, isto não deixa de ser curioso e muito interessante.

E poucos dias depois de ter começado a ler o Fado Alexandrino do Lobo Antunes, já entrei completamente na obra e ao contrário dos anteriores não ando à bulha com o livro, sinto mesmo vontade de o ler. Resta saber se é por ter lido o Um Dia do David Nicholls tão depressa ( cerca de uma semana e meia) e por isso o espaço entre este e o anterior ser muito pequeno ou FINALMENTE ter assimilado o estilo do Lobo. Só o próximo livro o dirá.

O Último a Sair

 Ao contrário de 90% da população não gosto de reality shows, vi um ou outro bocado, em zappings, mas nunca segui. Agora a RTP criou um programa que é uma sátira aos ditos,em que famosos foram mesmo para uma casa, onde vivem, só que como por vezes se nota, é tudo a fingir. Mas isso pouco interessa, é muito, mas mesmo muito divertido e claro original!

Aqui ficam os vídeos das nomeações, sim porque apesar de ser sátira segue os mesmos moldes dos reality shows:

Modelos frustradas?

Existem um sem número de blogues onde as autoras postam o chamado Oufit do dia, não ganham nada com isso, acho eu, monetariamente falando. Quase sempre a roupa apresentada não é nada do outro mundo, não há um rasgo de originalidade, uma combinação de cores que ninguém tinha pensado, por outras palavras não apresentam a descoberta da pólvora.

Ora bem eu até gosto de ver vestidos de noivas ou outras roupas compradas para ocasiões especiais agora roupa do dia a dia sem nada de especial acho um desperdício de tempo. Por isso pergunto-me sempre se estas bloggers não serão modelos frustradas e daí a necessidade de postar este tipo de conteúdos...

Há novos colares à venda aqui. E um até tem bolinhas azuis para quem for do FCP! :)

New Girl - Nova série

ainda não estreou e eu não sou muito fã de comédias americanas, mas pelo trailer esta nova série cómica parece-me prometedora e a Zooey Deschanel também.

Don´t be nice be yourself

E depois de ter visto dois caramelos no programa da tarde da Sic, a arengar sobre o que dizer ou não no primeiro encontro, decidi contar aqui uma coisa.

Há uns anos conheci a Petra, uma rapariga sueca que estava em Portugal a estagiar, quando cá chegou tinha namorado. O rapaz veio cá passar o Natal e antes de partir para a Suécia achou por bem dar-lhe como prenda de despedida o fim do namoro.

A Petra não ficou inconsolavel por muito tempo e um ou dois meses depois arranjou um date com um rapaz. Não sabendo se o protocolo de ir beber um café cá no burgo significava também ir até ao vale dos lençóis perguntou ao grupinho que se reunia à volta dela. Nós explicamos que não e conversa puxa conversa, eu acabei por lhe dizer: don't be nice be yourself! E claro aquilo deu pano para muitas piadas posteriores como sempre acontece quando alguém diz algo assim, mas isso agora não interessa. Este é o meu conselho, se me permitem, devemos sempre ser nós mesmos por muito que isso desagrade ao outro. Já dizia o Mr. Darcy que não há nada pior do que os esquemas empregues pelas mulheres para tentar agradar. Não é a quote exata, mas é algo assim. :)

A verdadeira rede social

Quanto mais falam no facebook e no twitter como redes sociais e que é o que está a dar. Mais eu me convenço que a verdadeira rede está aqui, na blogosfera.

O facebook é para mim uma espécie de clube, daqueles privados onde não entra qualquer um. Quase todas as pessoas que têm facebook adicionam apenas quem conhecem e no limite adicionam alguém que é conhecido de alguém mas não conhecem fisicamente.

Se a rede social é para aprender coisas novas, conhecer outras ideias, estar em contacto, etc. Se só adicionamos quem conhecemos então o que vamos aprender através desse meio que não aprendemos durante o contacto físico diário??

Na blogsfera, conhece-se gente ainda que muitas vezes nunca haja um encontro físico ou um contacto maior que aquele que é feito através dos comentários deixados. Aqui qualquer um encontra blogues que sejam do seu agrado, quer gostem de ler quer gostem de futebol. Aprende-se algo, conhecemos realidades diferentes da nossa, vemos coisas que se calhar nunca teremos oportunidade de ver ao vivo e a cores. Enfim, aprende-se, evolui-se. Agora num circulo fechado do facebook, acho que não.

Clair de Lune - Claude Debussy

É a composição mais conhecida de Debussy qualquer um a conhece ainda que não aprecie música clássica, no entanto Debussy não gostava dela. Faz-me lembrar o Camilo Castelo Branco que detestava o Amor de Perdição e é o mais conhecido dele e quiçá o preferido dos leitores camilianos. :)

Vallanzasca - Gli Angeli del Male

Quando se vê uma entrevista destas só dá vontade de dizer no fim: Kim faz-me um filho!!! :)

E por favor, tragam este filme para cá, por favor!! POR FAVOR!!!!

Desde ontem à noite que o blogger tem estado marado tanto que o post do dia 11 de Maio, sobre o livro Um dia, desapareceu e também o que estava agendado para ontem. Consegui recuperá-los, mas os comentários não. Embora, não seja culpa minha, peço desculpa a quem comentou.

The Only One Available

se sou uma pessoa que lê, sou também uma que às vezes se põe a pensar naquilo que leu, mas não de uma forma global, e sim focando-me em certos detalhes. Talvez seja estranho, mas eu gosto de dissecar as coisas.

Pensando em Jane Eyre, por exemplo, a Jane apaixona-se pelo Rochester, mas se houvesse outro por perto isso seria assim? A Jane é a preceptora e passa grande parte do seu tempo em casa, não tem amigos e os criados de Thornfield não serão certamente pessoas que a atraíssem. Eu pesquisei e naquela altura a grande maioria deles nem sabia ler, e sendo uma preceptora ela estava acima deles. Então há o dono da casa, o Rochester e ela apaixona-se. Mas seria assim se houvesse outro homem na casa, alguém mais igual a ela?

Claro que isto não tira mérito ao livro e continuo a adorá-lo, mas é algo que não consigo deixar de pensar.

Outro exemplo, o filme a Lagoa Azul, se não estivessem apenas eles os dois na ilha teriam Emmeline e Richard se apaixonado ou é o facto de estarem sozinhos e sem mais ninguém que fomenta este amor?

No fundo e o que eu questiono com este exemplos é se na vida real também nós não nos apaixonamos por aqueles que parecem ser os únicos disponíveis e não por outro qualquer. Como se uma série de factores condicionassem a nossa escolha, ainda que ela seja irracional.

Se duas pessoas, sem qualquer tipo de relação e que não estivessem interessadas em ninguém fossem para um ilha deserta, apaixonar-se-iam? Será o convívio a melhor forma de fazer nascer o amor? Ou basta conhecermos alguém que o amor nasce?

Tenho seguido o filme One Day através do facebook, é uma forma de me manter atualizada em relação ao filme. :)

Desde a semana passada que decidiram dizer o que ia acontecendo no mundo no dia 15 de Julho, começaram em 1988, o inicio da estória. Nessa altura o número um, no cinema na América, era aquele filme do Eddie Murphy, Um Principe na América, ontem revelam que em 1992, nesse dia estreou a terceira temporada da série Beverly Hills 90210. Bolas! Eu via a série!! Eu perdi a conta ao número de vezes que vi o filme e das gargalhadas que dei com aquilo. Com isto tudo começo a sentir-me velha e começo achar que talvez seja boa ideia deixar de seguir o filme!!! Infelizmente a idade não perdoa, vá lá que ao menos sou mais madura e todo esse blá blá que impingem para nos fazerem sentir melhor. :)

Um dia - David Nicholls

Sipnose:

Podemos viver toda uma vida sem nos apercebermos de que aquilo que procuramos está mesmo à nossa frente.

15 de Julho de 1988. Emma e Dexter conhecem-se na noite em que acabam o curso. No dia seguinte, terão de seguir caminhos diferentes. Onde estarão daqui a um ano? E no ano depois desse? E em todos os anos que se seguirão? Vinte anos, duas pessoas, um DIA.

Tenho uma certa desconfiança em relação aos livros à volta dos quais se faz muito hype, já agora também de séries e filmes. Na grande maioria das vezes chego a passar ao lado deles, desconfio, afinal fazem um alarido como se aquilo fosse a última coca-cola do deserto e quando chego à parte de ver ou ler percebo que mais uma vez a máquina do Marketing consegue criar a ilusão de que estamos, de facto, perante a última coca-cola do deserto, quando na realidade não estamos.

 Foi a sipnose do livro que me cativou e ditou que o comprasse,  há um ano, mais coisa menos coisa. A notícia do filme, que estreará em Julho nos USA e sabe-se lá quando por cá, fez-me avançar para a leitura.

Por questões práticas divido os escritores em duas categorias, os que sabem escrever, isto é, que nos deleitam a cada palavra como se estivessemos perante um poema e aqueles que sabem contar uma estória, quem combina as duas coisas é um pequeno génio.

David Nicholls está longe de ser um génio, mas é claramente alguém que sabe contar uma estória, nota-se na sua escrita a experiência como guionista de televisão. A forma como ele nos conta a estória de Emma e Dexter, é peculiar, pensava eu antes de ler que no dia em que fazia um ano, dois, três, etc de se conhecerem Emma e Dexter se encontrariam e falariam da vida, do que acontecera no dia em que se conheceram, mas não o livro narra aquilo que lhes acontecesse nesse dia desse ano, informando de forma umas vezes mais minuciosa outras menos, o que se passou na vida deles.

O livro é uma leitura interessante, que em determinados pontos faz pensar, em alguns torna-se óbvio demais, mas as referencias a livros, a músicas que ouvimos, as personalidades de Emma e Dexter, o ouvirmos um e outro pensarem como se fossemos nós, porque já vimos aquele filme e facilmente nos identificamos, fazem deste livro, uma excelente leitura, principalmente se for um interlúdio, entre livros mais pesados.

E enquanto escrevo esta pequena review, reparo na data de hoje, 11 de Maio, um dia que há alguns anos marcou a minha vida. Acreditem não foi de planeado, apenas aconteceu. A ficção imita a vida, não é verdade? :)

Private Post

Mas porque é que toda a gente tem privates posts e eu não?? Mas PORQUÊ? PORQUÊ??? Ora bolas, não tenho nada de privado que possa escrever aqui e fazer um desses posts!! oh meu Deus mas porque é que nem nestas coisas simples eu consigo encaixar!! Vou ali cortar os pulsos e já venho!! Pensando melhor, tomo antes comprimidos, é que cortar os pulsos faz muito sangue e depois ainda tenho de ser eu a limpar!!



( pequena crítica aos famosos private posts que inundam a blogosfera, se são private, não se põem no blogue onde toda a gente lê. :))

O melhor conselho que vos posso oferecer é pensarem duas vezes antes de beberem café de uma máquina. Para ver aqui

ouvi num programa de humor: a oposição acusou o Primeiro Ministro de ter duas caras. O mais engraçado nem é a piada é que isto foi na RTP Memória, num programa do Herman José, mais precisamente o Hermanias de 1984. E pensam alguns que algumas piadas perdem a piada por serem critica à atualidade, noutros países talvez, mas em Portugal onde as coisas se vão mantendo iguais nunca deixam de ter piada. Daqui por vinte anos, os nossos filhos irão rir como nós nos rimos com as reposições do Gato Fedorento e Os Contemporâneos.

Como ajudar o País a sair da crise

Perto da minha casa, existe uma loja de roupa, até aqui nada de novo, é uma loja que vende roupa a preços mais ecónomicos, roupa bonita e que consegue ter alguma qualidade. Já lá comprei algumas coisas e estou satisfeita com todas as peças. Há dias a minha mãe chegou a casa com a noticia que loja estava a fazer uma liquidação porque ia fechar, sinal dos tempos de crise que vivemos, pensamos nós. Outros tantos dias depois a minha mãe chega a casa e diz-me que o motivo pelo qual a loja ia fechar, parece que o senhorio quis aumentar a renda para mil euros, coisa pouca, afinal deve ser um valor normal para uma loja localizada numa das freguesias do concelho de Gondomar, que nem sequer é a freguesia onde está a câmara municipal, a loja até fica na rua principal da freguesia, mas esta mais não é que um dormitório.

E o senhor disse á dona da loja que não baixava antes preferia ter a loja fechada. Eu cá acho bem, eu se fosse proprietária de uma loja antes preferia não receber dinheiro nenhum por ela do que receber menos de mil euros. O homem tem uma visão de negócio excelente!!

O Túnel da Liberdade

esta mini-série de produção europeia, aliás co-produzida por vários países europeus passa-se nos anos 60, em Berlim. A acção começa uns minutos antes das fronteiras entre Berlim Oriental e Berlim Ocidental fecharem, ou seja antes da construção do Muro de Berlim. Claro que antes de construírem o Muro o lado Russo deixa de permitir a livre circulação entre os dois lados da cidade e como os mais entendidos em história sabem separa assim famílias, que com a posterior construção do muro, em tempo record, acaba por ditar uma separação definitiva.

Baseado em factos verídicos, O Túnel da Liberdade, conta-nos como dois italianos, estudantes de Engenharia na Berlim Ocidental, vendo-se separados de um amigo, decidem construir um túnel para que o amigo possa juntar-se a eles na parte Ocidental da cidade; dizer mais era estragar a série a quem quiser eventualmente ver.

Kim Rossi Stuart lidera um elenco excelente, na medida que retratam bem a forma como as pessoas viviam naqueles tempos: com medo... além disso os cenários são do mais realista que já vi.

Infelizmente, se não fosse pelo meu Kim entrar nisto, eu nunca teria visto tal coisa, infelizmente e como sempre não há vontade de mostrar nada para além dos filmes típicos de domingo à tarde. Uma pena, aprendi imenso a ver a série e tenho para mim que devia ser mostrado nas escolas para que todos se revoltassem e percebessem que quando não há interesse as coisas existem por muito tempo, mas se alguém se interessar o flagelo acaba depressa.

Para eventuais interessados aqui fica o link para comprarem o dvd, não é dinheiro deitado fora, mas não se assustem com a capa em espanhol, os menus estão em português e a série é também legendada na nossa língua: Dvd  

A Explicação dos Pássaros - António Lobo Antunes

Falar de um livro de Lobo Antunes não é fácil, mas continua a ser apaixonante lê-lo. Adoro a forma como escreve parece que anda em círculos mas afinal tudo aquilo tem um propósito que apenas se consegue ver depois.

O Lobo não constróí estórias, dá-nos personagens, faz-nos sentir que estamos lá a assistir, faz-nos pensar. E claro no fim só fica a vontade de continuar a ler um outro e a dificuldade de escrever sobre o que se leu. Diabo do homem!! Que enfeitiça, que embriaga, que desperta em mim emoções de todo o tipo: ódio por não entender tudo o que diz, fascínio pelo que diz, é sempre uma luta ler um livro dele, mas é sempre a melhor luta, quando chegar ao fim da obra, vou voltar ao inicio, tenho para mim que até ao dia em que morra vou andar às voltas com ele, é amor para toda a vida. :) 

Com um elenco promissor, uma boa ideia, um poster interessante, eis que surge agora o trailer de One Day. É o livro que estou a ler...

O casamento Real

Gaja que é gaja vê estas coisas, principalmente se estiver em casa e depois quiser entender metade dos posts que se publicam por essa blogosfera fora. :) Depois gaja que é gaja gosta sempre de ver como as mulheres vão vestidas e claro a noiva, já que a roupa dos homens é enfadonha até à medula

Depois há uma amiga que vive lá nas terras de Kate e William e com que sabe sempre bem trocar impressões e esclarecer dúvidas sobre o casório.

Vai daí essa amiga, manda um e-mail com um link para ver o vestido de noite, que a Kate usou na recepção nocturna, que segundo a minha amiga tendo sido organizada pelo Harry deve ter sido fantástica. E claro tendo um jornal inglês, à disposição, aqui a vossa amiga decidiu dedicar-se a essa nobre arte que é o cuscar as noticias sobre o casamento. Numa delas uma senhora fazia uma apreciação aos vestidos das convidadas femininas, e muito prontamente disse que Princesa Leticia, estava perfeita ao contrário da Victoria Beckam que estava um horror. Na blogosfera portuguesa, disseram exactamente o contrário sobre as duas. Vai daí mais uma vez a teoria, que já os Oscares e Globos de Ouro, me suscitaram, que as meninas fashion da blogosfera julgam consoante gostam ou não da pessoa em questão e não o gostarem ou não do vestido.

Vale a pena ouvir

Descobri o World Book Club da BBC, uma verdadeira pérola radiofónica, cheia de entrevistas a escritores famosos. As perguntas são feitas pela apresentadora e por leitores de todo o mundo, mostrando que na Literatura não há fronteiras. Como bónus temos os escritores a ler alguns excertos dos seus livros.

Ouçam!

Link: http://www.bbc.co.uk/podcasts/series/wbc/all

Não deixa de ser deprimente entrar no Shoping Center Cidade do Porto e ver que já não existe lá cinema, uma sala que nos últimos tempos tinha apresentado cinema mais alternativo, é agora uma sala deitada ao abandono, também aquele cinema perto da rua do Campo Alegre, não me recordo do nome deixou novamente de existir. Parece que o espaço para o bom cinema vai diminuindo cada vez mais. Outra coisa que me assusta tendo num espaço de uma semana visitado três shopings diferentes.: o ViaCatarina, o Cidade do Porto e ainda o ArrabidaShoping é ver a quantidade de lojas que estão fechadas, quando antigamente isso raramente acontecia e há uma ausência de anúncios nas portas a pedir empregados....